Angola perdeu três pontos e caiu um lugar no Índice de Percepção da Corrupção de 2016, divulgado pela organização não governamental Transparência Internacional na quarta-feira, 25.
No documento “O círculo vicioso da corrupção e da desigualdade tem de ser combatido”, Angola perdeu três pontos e agora ocupa a 164a. posição, quando em 2015 tinha ficado no 163o. lugar.
Entre os países africanos de língua portuguesa, mais abaixo encontra-se a Guiné-Bissau, que caiu 10 pontos e ocupa agora o 168o. lugar.
Cabo Verde, o melhor lusófono em África
O melhor classificado do grupo lusófono em África e segundo melhor do continente é Cabo Verde que subiu 17 lugares.
O arquipélago ocupa a 38a. posição, tendo à frente, a nível do continente africano, apenas o Botswana, no 35 posto.
Quem também melhorou a sua posição do Índice divulgado em Berlim foi São Tomé e Príncipe, subindo quatro lugares. Ocupa agora a 62ª. posição.
Moçambique cai 30 lugares
Moçambique é um dos países que mais caíram no Índice de Percepção da Corrupção de 2016, ao perder 30 lugares, passando da posição 112 para 142.
Os autores do documento dizem que a descoberta das dívidas ocultas e os casos de corrupção que envolveram as Linhas Aéreas Moçambicanas e a Embraer, bem como as obras da brasileira Odebrecht estiveram na base dessa queda.
O Brasil também caiu, mas apenas três lugares, ficando a meio da tabela, na posição 79.
Ainda entre os lusófonos,Timor-Leste, passou de 123º para 101º, e Portugal caiu um lugar (29º).
O Índice de Percepção da Corrupção de 2016 é liderado pela Dinamarca, seguido da Nova Zelàndia, finlância, Suécia e Suíca.
A Transparência Internacional sublinha que quase 70 por cento dos 176 países analisados têm uma pontuação inferior a 50, numa escala de 0, para os países com alta percepção de corrupção e 100, para aqueles considerados limpos.