Mais de 30 camiões com madeira em trânsito para Luanda retidos em Malanje estão a ser descarregados desde segunda-feira, 26, num parque improvisado na cidade, aguardando por decisões de uma comissão que deve vir da capital angolana.
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O transporte da carga proveniente das províncias da Lunda-Sul e Moxico, de acordo com o chefe de Departamento Provincial do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), Tomás Mizalaque, viola o decreto presidencial e a legislação complementar que interditam a campanha de exploração e transporte de madeira.
Entre a madeira apreendida está a cortada que não consta da lista de recursos florestais proibidos pelo Ministério da agricultura e Florestas.
“Estamos neste momento com 37 camiões parados e um volume de madeira de 973 metros cúbicos, toda a madeira é variedade mussive, os camiões vêm maioritariamente do Moxico e parte deles da Lunda-Sul”, disse.
“O Decreto Presidencial, a circular do IDF e o ofício do ministro (da Ministério da agricultura e florestas), simplesmente mandam parar a madeira que está preparada em bloco e madeira em touro”, lembrou.
Os camionistas estão retidos em Malanje há mais de 20 dias e mostram-se constrangidos com as exigências do Governo.
“Neste momento estamos aqui há 26 dias, calhou-nos muito mal porque estamos fora da família”, lamentou Jika Gomes, acrescentado que “por causa dessa situação já tivemos colegas doentes”.
“Onde os homens da Polícia Fiscal e IDF nos colocaram não há condições”, denunciou.
Há insatisfação por parte dos motoristas quanto às obrigações impostas pelas entidades locais para a descarga do produto.
A Escola Mbindi Emílio, pertencente a Unta-Confederação Sindical escolhida como parque para acomodação da madeira apreendida, segundo eles, não tem condições para o acesso normal de viaturas de grande porte