As autoridades da província angolana da Huíla garantem ter sob o seu controlo a situação do abate e consequente exploração desenfreada da madeira na zona.
A garantia foi dada na Huíla pelo director provincial da agricultura, pescas e ambiente Lutero Campos, que disse que apesar das dificuldades sobretudo de recursos humanos, o sector tem sabido fiscalizar a exploração racional da madeira.
Fruto desta situação em 2017, algumas empresas chinesas que exerciam de forma ilegal a exploração da madeira chegaram mesmo a ser detidas e forçadas a pagar até 70 milhões de kwanzas de multas, disse aquele responsável.
Lutero Campos afirmou ainda que com a ajuda da Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, (FAO), o sector tem inventariado as potenciais zonas de exploração.
"Hoje nós temos o levantamento florestal pois fizemos o inventário, a FAO suportou e dentro deste inventário florestal nós sabemos onde que estão os sítios com recursos florestais”, explicou.
“Também hoje a gente já diz só pode autorizar até X metros cúbicos mais do que isso vai pagar multa», acrescentou.
Lutero Campos admite que a cultura de reflorestamento é ainda uma dificuldade entre os angolanos que podem ganhá-la com exemplos que vêm de países como Moçambique, onde “o reflorestamento está no sangue dos moçambicanos”.
"Em todos os aspectos….nós precisamos fazer o mesmo aqui», acrescentou
Os municípios de Chipindo, Cuvango, Gambos e Matala são as zonas de maior potência em termos de recursos madeireiros.
O alegado controlo das autoridades da Huíla sobre a exploração da madeira na região surge numa altura em que de vários pontos do país surgem informações de que elevadas quantidades dos recursos do género têm sido explorados de forma ilegal com destino preferencial para a República da China.