O Instituto do Coração do Texas conseguiu, recentemente, o que muitos especialistas consideram ter sido um avanço notável:implantaram um coração artificial de fluxo sanguíneo contínuo num paciente humano.
Aquele coração mecânico funcionou na perfeição durante cinco semanas. Mas,o paciente – que sofria de outras enfermidades graves – acabou por falecer duas semanas,depois de ele e da sua família terem decidido não prolongar o tratamento.
O sucesso do coração artificial utilizado neste caso abriu caminho para a sua utilização mais generalizada noutros pacientes cardíacos.
Desde que primeiro coração artificial foi implantado num ser humano,em Houston,no Texas, em 1969,
A tecnologia evoluiu sem parar. Mas,não acompanhou a necessidade de se encontrar um coração que possa manter os pacientes vivos até que estejam em posição de receber o transplante de um coração humano oferecido por um dador.
As doenças cardíacas continuam a ser a principal causa de morte de americanos.Dos cerca de cinco milhões de pessoas nos EUA com insuficiências cardíacas,apenas cerca de duas mil irão beneficiar de um transplante este ano. É aí que os vários tipos de corações artificiais servem para salvar vidas. No mês passado,no Hospital Pediátrico de Houston,um jovem de 17 anos,Jordan Merecka, foi o primeiro paciente num hospital pediátrico americano a ter o seu coração – com deformação congénita – a ser retirado e substituído por um coração externo. Merecka aguarda um transplante,logo que esteja disponível um coração humano.
Mas o novo modelo de coração mecânico, experimentado em Março,é suficientemente pequeno para ser implantado no peito dos pacientes,um coração que,ao contrário dos corações humanos,não pulsa,não “bate”: é absolutamente silencioso porque dispõe de um mecanismo de fluxo contínuo de sangue,o que o torna mais durável que as bombas cardíacas externas que têm que pulsar cem mil vezes por dia, 35 milhões de vezes por ano…
Este mecanismo de fluxo contínuo tem sido frequentemente utilizado para apoiar o ventrículo esquerdo,que é a parte do coração que bombeia o sangue através do corpo e que é a área que mais frequentemente fica danificada.
Dos cerca de cinco milhões de pessoas nos EUA com insuficiências cardíacas,apenas cerca de duas mil irão beneficiar de um transplante este ano