O porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, diz que Afonso Dhlakama teve que se aquartelar em Santhundjira porque a democracia está ameaçada.
A Renamo diz que centenas de pessoas estão a concentrar-se na Gorongosa, para assinalar, a 17 de Outubro, a passagem daquilo que afirma ser o primeiro ano de sacrifício do seu líder, Afonso Dhlakama,” que se encontra aquartelado em Santhundjira, em defesa da democracia”.
O porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, diz que Afonso Dhlakama teve que se aquartelar em Santhundjira porque a democracia está ameaçada, e amanhã ele vai aproveitar a celebração para dar recados sobre o diálogo com o Governo, encalhado, em questões político-militares.
A celebração, que contará com a participação de representantes de todas as províncias moçambicanas, ocorre cerca de uma semana depois de mais um ataque armado na zona centro de Moçambique. A Renamo assumiu a autoria do ataque, alegando ser uma retaliação á morte de um elemento seu, na Gorongosa. O Governo diz condenar o ataque.
Entretanto, reina uma expectativa no seio dos cidadãos em torno daquilo que vai ser o discurso de Afonso Dhlakama na celebração em Santhundjira, sobretudo tendo em conta o arrastar do diálogo, sem resultados concretos, com as consequências daí decorrentes.
O analista e docente universitário, João Colaço, considera que a falta de resultados no diálogo entre o Governo de Moçambique e a Renamo pode fazer com que “a possibilidade de recuperação da confiança entre nós possa nao ser conseguida, e como consequência, entrarmos para uma situação de conflito”.
Para o reverendo Marcos Macamo, a falta de progressos no diálogo entre as duas partes pode fazer com que Moçambique perca tudo aquilo que construiu em 21 de paz, assinalados no passado dia 4 de Outubro corrente, mas diz que a responsabilidade pela preservação da paz não deve ser apenas do Governo e da Renamo.
“A nossa paz é bela, mas há que fiscalizá-la; todos os actores desta paz, políticos e religiosos, tem que exibir este profissionalismo, sob pena de recuarmos, e o recuo é a vergonha nacional, regional e internacional, porque estando nós em conflito, é toda a regiao da SADC-Comunidade de Desenvolvimento da África Austral que estará a passar mal”, realçou o Secretário-Geral do Conselho Cristão de Moçambique.
Refira-se que o acto de amanha em Santhundjira vai servir também para render homenagem ao fundador da Renamo, André Matsangaiça morto pelas tropas governamentais naquela região.
Ramos Miguel,VOA-Maputo
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A celebração, que contará com a participação de representantes de todas as províncias moçambicanas, ocorre cerca de uma semana depois de mais um ataque armado na zona centro de Moçambique. A Renamo assumiu a autoria do ataque, alegando ser uma retaliação á morte de um elemento seu, na Gorongosa. O Governo diz condenar o ataque.
Entretanto, reina uma expectativa no seio dos cidadãos em torno daquilo que vai ser o discurso de Afonso Dhlakama na celebração em Santhundjira, sobretudo tendo em conta o arrastar do diálogo, sem resultados concretos, com as consequências daí decorrentes.
O analista e docente universitário, João Colaço, considera que a falta de resultados no diálogo entre o Governo de Moçambique e a Renamo pode fazer com que “a possibilidade de recuperação da confiança entre nós possa nao ser conseguida, e como consequência, entrarmos para uma situação de conflito”.
Para o reverendo Marcos Macamo, a falta de progressos no diálogo entre as duas partes pode fazer com que Moçambique perca tudo aquilo que construiu em 21 de paz, assinalados no passado dia 4 de Outubro corrente, mas diz que a responsabilidade pela preservação da paz não deve ser apenas do Governo e da Renamo.
“A nossa paz é bela, mas há que fiscalizá-la; todos os actores desta paz, políticos e religiosos, tem que exibir este profissionalismo, sob pena de recuarmos, e o recuo é a vergonha nacional, regional e internacional, porque estando nós em conflito, é toda a regiao da SADC-Comunidade de Desenvolvimento da África Austral que estará a passar mal”, realçou o Secretário-Geral do Conselho Cristão de Moçambique.
Refira-se que o acto de amanha em Santhundjira vai servir também para render homenagem ao fundador da Renamo, André Matsangaiça morto pelas tropas governamentais naquela região.
Ramos Miguel,VOA-Maputo