O representante da Casa-CE no Namibe Manuel Sampaio Mucanda acusou as autoridades no Namibe de não terem uma cultura democrática que permita o diálogo com a oposição.
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Mucanda, que se encontra de visita aos Estados Unidos, disse que o seu partido “não tem nenhum problema em coabitar na diferença com outros partidos políticos ou com o Governo”.
“O problema que temos é que as pessoas ligadas ao Governo não têm a cultura de coabitar na diferença, sendo essa a razão porque os nossos trabalhos são em alguns casos impedidos”, disse Mucanda, quem recordou que quando o presidente da Casa-CE Abel Chivukuvuku esteve no Namibe “o próprio governador provincial chamou-o de papagaio político”.
Isso, disse Mucanda, “é uma linguagem não cívica”.
“Não tratou com urbanidade o presidente da Casa-CE, demonstrando que o dirigente do topo não tem a noção do que é viver na democracia”, reiterou.
“Se o secretário provincial do MPLA que é ao mesmo tempo governador tem aquela linguagem pejorativa tratando as pessoas sem urbanidade, o que é acontece com os militantes de base?” interrogou o dirigente da Casa-CE no Namibe.
Mucanda revelo haver problemas locais entre o seu partido e a Unita, mas que até agora ainda não teve qualquer reunião com o representante do galo negro para traçarem objectivos comuns tendo em conta que “fazemos parte do conselho de auscultação” do Namibe.
O dirigente da Casa-CE no Namibe disse ainda que a província deverá sentir os efeitos da crise fiscal causada pela queda do preço do petróleo mas afirmou que até agora os orçamentos do Namibe "não têm sido geridos de forma a melhorar a vida dos cidadãos".