Alveno Figueiredo e Silva, de 52 anos, há muitos anos se dedica à investigacão cultural. Em entrevista à Voz da América, ele contou que o gosto pela música nasceu na década de 70. Nos anos 80, começou a trabalhar numa rádio comunitária na Ilha do Sal e depois ingressou na televisão.
Já produziu vários documentários na esfera musical entrevistando pessoas que não tinham oportunidades e abordando também vários outros temas que eram diferentes e difíceis.
"E assim por diante. Fui fazendo e fazendo, e até hoje ainda continuo apaixonado pela música e história de Cabo Verde".
Alveno já escreveu dez livros e agora está em busca de apoio financeiro para publicá-los. O plano para 2019 é publicar uma obra sobre a vida de Ildo Lobo e outra sobre a aviação mundial e seus contornos em Cabo Verde.
"Hoje em dia, em termos de gráficas, estamos bem servidos. O nosso problema é o financiamento".
O autor comentou como o que aconteceu após a independência afectou a economia.
"Repare que Cabo Verde viveu durante muito tempo sob o partido único e depois passou para o multipartidarismo. Tudo isso teve os seus custos económicos. Mais tarde, com a crise económica que se abateu sobre Portugal, e já que somos parte de uma zona Euro, acabamos sofrendo essa influência. Hoje em dia já não se encontram patrocinadores, ao contrário do que ocorria há dez anos".
Alveno contou que tem gasto dinheiro do próprio bolso para fazer investigações, porque não quer deixar que a história e a cultura de Cabo Verde desapareçam.
"Se eu for esperar, as pessoas que são importantes para a cultura desaparecem, morrem, porque não vão esperar."
O que dá um certo conforto ao autor é que os livros depois de publicados permanecem, e podem também se valorizar.
Confira a entrevista para saber mais sobre o assunto.
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