Oito meses depois de um ataque contra uma comitiva da UNITA em Benguela mais de 30 pessoas continuam impedidas de regressar às suas casas.
Os deslocados afirmam que continuam a ser ameaçados por elementos do MPLA munidos de zagaias, paus e outras armas.
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O ataque a deputados da UNITA na província de Benguela, com saldo de três mortos e cinco feridos, foi a 25 de Maio último.
Paulo Numbo, um dos vários deslocados pela VOA, refere que as famílias sobrevivem graças a um esforço do próprio partido.
“Não regressamos porque somos ameaçados, fugimos das zagaias e dos paus. São 35 pessoas nestas condições, entre homens, mulheres e crianças’’, disse Numbo.
Marcos Sindinguile, outro deslocado insatisfeito, diz que não obterá frutos da semente lançada à terra na localidade de Cambulo, a 75 quilómetros do local onde se encontra retido.
‘’A minha mulher foi corrida quando tentava visitar a lavra, foi obrigada a regressar e está aqui connosco”, denunciou, acrescentando ter perdido muita mandioca, milho e massango.
"Quem regressar, leva com zagaia, é assim para todos da UNITA’’, disse, criticando depois o que disse ser a impassividade da polícia.
A VOA tentou ouvir o administrador municipal, Carlos Guardado, e o seu adjunto, Fernando Belo, mas sem sucesso.