A UNITA pediu a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito aos ataques contra os seus deputados e militantes em Cubal, na província de Benguela, que resultaram em três mortos e vários feridos, a 25 de Maio.
No comunicado enviado à VOA, a UNITA diz ter-se encontrado, antes, com o presidente do Parlamento, Fernando da Piedade Dias dos Santos, e o ministro do Interior, Ângelo da Veiga Tavares, ao quais os deputados do partido do galo negro afirmaram ter apresentado "documentos que provam" que o programa da visita foi "comunicado às autoridades", bem como a "respectiva assunção de responsabilidade das autoridades policiais".
Posição contrária tem o Ministério do Interior que diz que a delegação de deputados e apoiantes da UNITA chegou à comuna de Capupa, no Cubal, "sem comunicação prévia às autoridades locais".
"Terá havido desentendimentos e rixas entre membros da delegação e a população", lê-se no comunicado do Ministério do Interior.
A UNITA afirma, contudo, que os detalhes de todo o programa da visita eram do conhecimento das autoridades, sendo por isso "fundamental" que face à informação do Ministério do Interior em Benguela, "em que se pretendia responsabilizar a UNITA pelos incidentes", seja agora "realizado um inquérito multidisciplinar e independente, com o objetivo de escutar todas as partes envolvidas neste triste episódio".