A Assembleia Geral das Nações Unidas vota nesta segunda-feira, 24, duas resoluções sobre o fim da guerra na Ucrânia, uma dos Estados Unidos e outra do Governo de Kyiv com apoio da União Europeua
A proposta de Washington pede “um fim rápido ao conflito e ainda uma paz duradoura entre a Ucrânia e a Federação Russa”, mas não faz referência à invasão da Rússia, que completa três anos hoje.
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EUA, Rússia e a guerra na Ucrânia
O secretário de Estado norte-americano afirmou na sexta-feira, 21, que a resolução “afirmaria que este conflito é terrível, que a ONU pode ajudar a acabar com ele e que a paz é possível”.
“Esta é a nossa oportunidade de construir um verdadeiro impulso em direção à paz”, disse Marco Rubio em comunicado.
Por seu lado, a resolução ucraniana é mais extensa e diz que a invasão russa “persistiu durante três anos e continua a ter consequências devastadoras e duradouras não só para a Ucrânia, mas também para outras regiões e para a estabilidade global”.
A proposta apela a uma rápida cessação das hostilidades e aponta que as resoluções anteriores adotadas pela Assembleia Geral precisam de ser plenamente implementadas, incluindo as que apelam à Rússia para se retirar totalmente das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia.
As resoluções da Assembleia Geral não são juridicamente vinculativas, mas têm o peso moral da comunidade internacional.
No Conselho de Segurança, qualquer resolução necessita do apoio de pelo menos nove dos 15 membros, sem que nenhum dos membros permanentes — Grã-Bretanha, China, França, Rússia ou Estados Unidos — utilize o seu poder de veto.
Espera-se que a medida dos EUA tenha apoio suficiente.
Veja Também Trump apelida Zelenskyy de "ditador"A votação acontece numa altura em que o Presidente francês, Emmanuel Macron, visita os Estados Unidos para conversações com o Presidente Donald Trump, com a guerra na Ucrânia na agenda.
Também nesta semana, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, deverá visitar Washington no final desta semana para conversações semelhantes e, tal como Macron, enfatizou recentemente a necessidade de a soberania da Ucrânia estar no centro de qualquer esforço de paz.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, visitaram KYiv hoje numa manifestação de apoio à Ucrânia.
C/AP, AFP e Reuters