O controlo policial do Hoque, na Província da Huíla para quem vai a Benguela, Kuanza Sul e Luanda é o primeiro incómodo. As noites, estradas fechadas com os cones, violando assim a livre circulação de pessoas e bens. Os utentes de mini-autocarros, Hiaces pagam de contribuição avultadas somas em dinheiro á policia, segundo os visados, numa autêntica corrupção.
Em Benguela, nos postos policiais as contribuições ilegais oscilam entre dois há três mil kwanzas por cada mini-autocarro, dinheiro esse que vai exclusivamente no bolso do polícia. Já no Kwanza Sul, a situação é bem pior, os polícias inclusive entram em confronto com utentes de viaturas que se demoram proceder entrega das chamadas contribuições aos polícias, tal como o cenário caricato que aconteceu no primeiro controlo á entrada do Kwanza Sul, vindo de Benguela, traduzido em guerra de palavras entre o policia e o automobilista.
No posto da balança, nas proximidades da barra de kwanza, sob tutela da Brigada especial de trânsito vulgo BET, até a polícia militar tem ousadia de mandar parar viaturas para a respectivas contribuições, uma aberração que soma e segue até o último controlo de Luanda localizado no bairro Benfica.
Namibe e Huambo, são as únicas províncias na região sul e centro de Angola onde não se faz sentir queixas de extorsão policial nas estradas, enquanto na Huíla, Cunene, Benguela e Kuanza sul, «pente a todo terreno», segundo os visados.
«Isto é demais, os controlos estão de mais neste via, só de Luanda a Benguela temos mais de vinte e cinco», lamentou um dos homens do volante, vítima de extorsão policial nas estradas de angola.
A sociedade civil angolana considera isto uma aberração e exorta o Comandante geral da Policia Nacional Ambrósio de Lemos a disciplinar os postos de prevenção rodoviária que se transformaram em postos de extorquir dinheiro aos cidadãos.
O Fórum Nacional da Sociedade Civil que decorreu na sala diamante do hotel Alvalade no passado dia 14, manifestou-se preocupado com o cenário e exortou o comandante geral da Policia Nacional e inverter este quadro que em nada dignifica o bom nome da corporação, segundo disse a Voz de América, o porta-voz do Fórum, Salvador Freire dos Santos.