Costa do Marfim: Líderes da CEDEAO analisam a crise política que dividiu o país

Costa do Marfim: Líderes da CEDEAO analisam a crise política que dividiu o país

Depois da mediação de Thabo Mbeki a CEDEAO reúne em Abuja na busca de uma solução internacional

Washington, 07 Dez - Os líderes Oeste-africanos estão reunidos na Nigéria, para analisar a crise política na Costa do Marfim, onde presidentes rivais nomearam governos concorrentes no rescaldo de uma eleição presidencial controversa.

O Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, disse que os chefes de estado da África Ocidental estão reunidos em Abuja para discutir formas em que o grupo poderá cooperar com os esforços internacionais na solução da crise na Costa do Marfim.

O ex-Presidente sul-africano, Thabo Mbeki esteve em Abidjan durante os últimos dois dias em conversações separadas com Laurent Gbagbo e Alassane Ouatara, os dois rivais que assumiram a presidência na Costa do Marfim, nomeando respectivos chefes de governos concorrentes.

Gbagbo reivindica a presidência baseando-se no facto do conselho constitucional ter anulado cerca de 10 por cento dos votos nas urnas, restando-lhe uma percentagem de cerca de 51 por cento dos votos, enquanto, por seu lado, Ouatara afirma que a sua eleição foi certificada pela comissão eleitoral original das Nações Unidas confirmando a sua vitória por 54 por cento do sufrágio.

Aparentemente Thabo Mbeki não alcançou quebra de impasse na solução da crise, tendo afirmado, todavia, que iria entrar em consultas com os responsáveis da União Africana sobre o caminho a seguir.

“A nossa tarefa imediata é informar a União Africana hoje de manhã discuti a questão com o chefe da comissão, com o presidente da União Africana, o Presidente Mutharika, em Adis Abeba disse que estão à espera do relatório que pediram para que a União Africana possa reflectir sobre a urgência da questão quanto ao que se deve fazer.”

Thabo Mbeki classificou a situação como sendo muito séria e que a União Africana espera poder resolver a disputa duma forma pacífica.

Entretanto, soldados levantaram barricadas nas principais ruas de Abidjan, enquanto, por outro lado, Gbagbo estende o recolher obrigatório por mais uma noite. Por sua vez, as Nações Unidas retiraram mais de 400 elementos do seu pessoal não essencial, na Costa do Marfim, para a Gâmbia.