Os costa marfinenses votaram no dia 31 de Outubro nas primeiras eleições presidenciais da última década. Falando na televisão estatal, na noite de sábado, o presidente do tribunal constitucional, Paul Yao N’Dre disse que nenhum candidato obteve uma maioria, pelo que os dois que receberam mais votos vão a uma segunda volta, dentro de 15 dias, desde a data do anúncio, como exigido pela lei.
Os dois candidatos que passaram são o presidente Laurent Gbago, que obteve 38% dos votos e o antigo primeiro-ministro Alassane Ouattara, com 32% dos votos.
Os líderes da oposição tinham questionado os resultados provisórios, e tinham pedido, sem sucesso, uma recontagem dos votos.
A campanha dos dois candidatos à segunda volta centra-se agora em obter pelo menos 25% dos votos do terceiro candidato, o antigo presidente Henri Konan Bedie.
Antes da votação, Ouattara e Bedie tinham prometido ajudar-se mutuamente no caso de uma segunda volta. Mas ainda assim, o presidente Gbago poderá atrair os eleitores de Bedie, que se mostram incomodados com Ouattara, o qual foi impedido de concorrer a presidente no passado, devido a questões sobre a sua nacionalidade.
A eleição presidencial destina-se a unir a Costa do Marfim após a guerra civil de 2002-2003 e a colocar ponto final à instabilidade política que se verifica há uma década.
Há, contudo, a preocupação que desacordos sobre os resultados possam reacender a onda de violência, mas até agora o processo foi pacífico.
O presidente do tribunal constitucional saudou aos costa marfinenses pelo sucesso da votação e elogiou os 14 candidatos pela forma como se conduziram durante a campanha para a primeira volta.
N’Dre apelou aos dois candidatos à segunda volta que continuem com campanhas civilizadas e trabalhem para assegurar que a votação terá lugar de forma calma e que os resultados serão aceites de forma pacífica.