O veredicto foi lido quarta-feira num tribunal de Austin, no Estado do Texas. Delay falou posteriormente a jornalistas a porta do tribunal:
“Isto é um abuso de poder. É um erro judiciário e continuo a dizer que estou inocente. A criminalização de políticos mina o nosso sistema. Estou muito desapontado.”
O advogado de defesa de Delay, Dick DeGuerin, disse aos jornalistas que ia apelar da decisão e que o veredicto nunca deveria ter sido alvo de um apelo.
Mas o procurador do ministério público, Gary Cobb, disse que o julgamento foi honesto e que o júri tinha tomado a sua decisão baseando-se em provas apresentadas no tribunal, não em bases políticas.
Delay foi eleito pela primeira vez para o Congresso em 1984 para representar o vigésimo-segundo distrito eleitoral do Texas e resignou em 2006 depois de ter sido objecto de uma investigação tanto no Texas como a nível federal pelos seus laços com o lobista Jack Abramoff. O caso federal foi arquivado em Agosto deste ano. O caso do Texas foi baseado em alegações de que Delay canalizou 190 mil dólares em donativos a candidatos republicanos no Texas em 2002. Esses donativos são ilegais no Texas.
Vitórias de republicanos nas eleições legislativas de 2002 abriram caminho para mudanças nas configurações dos distritos eleitorais no Texas, que analistas políticos dizem ter ajudado os republicanos a ganharem mais distritos em eleições desde então.
Delay foi também controverso como líder da maioria no Congresso de 2003 a 2005. Era conhecido pela alcunha de “O Martelo” pela sua forma de dirigir as votações e a sua defesa estridente de posições conservadoras.