Moçambique prepara-se para a chuva

Moçambique prepara-se para a chuva

Está a ser preparado plano de contingência para responder a eventuais necessidades de intervenção.

Em Moçambique, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, e as agências das Nações Unidas que operam no país estão a preparar um plano de contingência para responder a eventuais necessidades de intervenção durante a época chuvosa que agora começou.

O plano está a ser preparado tendo em conta cenários de ocorrência de calamidades naturais, durante os primeiros quatro meses de 2011, como resultado das acções do fenómeno “el niño” e das mudanças climáticas, que segundo previsões, poderão provocar chuvas acima do normal e ciclones nas regiões centro e sul do país com destaque para as províncias de Maputo, Inhambane, Sofala e Zambézia.

“O plano ainda está na fase inicial de elaboração, contudo, podemos avançar que maior atenção será dada às populações localizadas nas bacias dos rios Zambeze, Save, Limpopo e Buzi, onde prevemos que sejam as regiões mais propensas”, disse João Ribeiro, director do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades.

A colaboração entre as agências das Nações Unidas, organizações da sociedade civil e o governo, nas acções de resposta às calamidades naturais, é de há longa data mas esta será a primeira vez que coordenam um plano conjunto que se espera tenha maior impacto na resposta a eventuais casos que necessitem de intervenção.

“A vantagem de um plano de contingência único é que vai permitir que todos os intervenientes trabalhem de forma coordenada em todas as acções e todas as fases de intervenção o que vai, certamente, permitir que haja maior e rápida prontidão, factores necessários para uma resposta eficaz e com maior impacto na redução dos efeitos das calamidades”, disse Lola Castro, coordenadora humanitária da equipa das Nações Unidas.

O ano 2000 registou as piores calamidades naturais da história do país com a morte de mais de uma centena de pessoas e milhares de desalojados.

Desde então, a situação têm vindo a melhorar de ano para ano e segundo as estatísticas este ano foram afectadas 25 mil pessoas contra 150 mil em 2009.