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Obama quer mais 447 mil milhões de dólares para criar empregos


Presidente americano, Barack Obama durante a conferência de imprensa na Casa Branca em que apelou ao Congresso para aprovar o pacote de 447 mil milhões de dólares de estimulos para relançar o emprego
Presidente americano, Barack Obama durante a conferência de imprensa na Casa Branca em que apelou ao Congresso para aprovar o pacote de 447 mil milhões de dólares de estimulos para relançar o emprego

Presidente dos EUA pediu ao Congresso para aprovar a medida perante os protestos de jovens e sindicalistas contra a Wall Street

O presidente americano voltou a apelar ao Congresso para aprovar a sua proposta financeira de 447 mil milhões de dólares destinada a estimular a economia criando postos de empregos.

Barack Obama disse à imprensa esta manha na Casa Branca que os Americanos precisam de ajuda e a economia também precisa nesta altura de uma “sacudidela”. Obama reconheceu que a economia está demasiado debilitada e os políticos devem passar a acção.

O apelo do presidente americano surge no momento em que se regista uma onda crescente no país de protestos pelo emprego e contra a Wall Street. Hoje centenas de populares foram manifestar-se defronte à Casa Branca para reivindicar mais emprego e menos precariedade social. O presidente reconheceu os protestos anti-Wall Street como sinal de fragilidade social.

Protestos anti-Wall Street em Nova Iorque
Protestos anti-Wall Street em Nova Iorque

Os sindicatos e organizadores associativos juntaram-se aos protestos anti-Wall Street ontem em Nova Iorque contra o que chamam de injustiça económica.

Os "Indignados de Wall Street” que vêem ocupando desde meados de Setembro uma praça no distrito financeiro em Nova Iorque, tiveram ontem o apoio dos sindicatos e de grupos comunitários que decidiram juntar-se à sua causa.

“Disseram que precisavam de socorrer a Wall Street e as três grandes companhias automóveis para estimular a economia e que tudo isso significava mais trabalho. Três anos mais tarde, ainda não há emprego.”

Motoristas de camiões, professores, enfermeiras e trabalhadores de empresas de transportes entre outros aderiram a manifestação, para protestar contra o desemprego, a influência de grupos financeiros e de empresas na política e o estímulo financeiro de 2008 aos grandes bancos americanos. Bruce Hamilton é presidente do Sindicato dos Transportes.

“Queremos ter uma vida decente. Queremos salvar o nosso planeta. Queremos ter o direito a um meio de transporte decente, água e ar saudáveis e um decente nível de vida. Tudo isso está a ser apropriado pela Wall Street, e é por isso que cá estamos.”

Os manifestantes afirmam que os Estados Unidos tornaram-se numa terra dirigida por uma pequena elite financeira, enquanto 99 por cento de Americanos continuam tendo dificuldades em conseguir emprego e pagar as dívidas. Sara Falwell é membro do sindicato de enfermeiras, e diz que diariamente as pessoas estão a perder o acesso à cuidados médicos.

“Somos enfermeiras e viemos de todo o país para apoiar essa Ocupação da Wall Street. Como provavelmente têm ouvido através do nosso movimento, fomos todos vendidos pela Wall Street. A Wall Street obteve o estímulo e nós fomos vendidos.”

Um manifestante anti-Wall Street com um cartaz pedindo o fim de deslocalização de empresas para o estrangeiro
Um manifestante anti-Wall Street com um cartaz pedindo o fim de deslocalização de empresas para o estrangeiro

Os "Indignados da Wall Street" são na sua maioria pessoas de uma vintena de anos, que marcharam pela cidade de Nova Iorque com cantos e assobios, para se juntar a uma manifestação organizada pelos sindicatos perto da Câmara municipal.

Numa altura em que os protestos continuam e vão chegando as outras cidades americanas, vários membros Democratas do Congresso têm publicado comunicados de apoio as manifestações. Os estudantes universitários por todo o país também têm aderido as essas marchas.

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