Os cabo-verdianos optaram pelo equilíbrio de poder

Cidade da Praia

Exercer uma magistratura de influência activa

Na entrevista exclusiva concedida à VOA o presidente eleito de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, reafirmou a ideia defendida na campanha eleitoral, que será um Presidente comprometido com o povo, sublinhando que os cabo-verdianos optaram pelo equilíbrio de poder, daí encarar com normalidade a coabitação entre os Chefes de Estado e do Governo de partidos diferentes.

Apesar do Presidente da República não possuir poderes executivos, Jorge Carlos Fonseca afirma que vai estar totalmente disponível para colaborar com o Governo, dando sugestões válidas, com o objectivo de ajudar na resolução dos problemas e anseios dos cidadãos. Por isso,promete exercer uma magistratura de influência activa, salvaguardando sempre, os superiores interesses na Nação e dos cidadãos.

O presidente eleito afirma que os cabo-verdianos optaram pelo equilíbrio de poder, daí encarar com normalidade a coabitação entre os Chefes de Estado e do Governo, que não pertencem a mesma família partidária.

Na entrevista exclusiva que nos concedeu, Jorge Carlos Fonseca falou também da necessidade de se reforçar os mecanismos que permitamdinamizar as acções desenvolvidas pela Comunidade de Países de LínguaPortuguesa, dinâmica essa, que visa dar mais espaço aos povos dos oitopaíses que integram a CPLP.

Embora reconheça os passos que a referidaComunidade já deu, o novo presidente do arquipélago cabo-verdiano considera que a CPLP poderá desempenhar um papel mais activo na promoção cultural e de intercâmbios entre os cidadãos de Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné Bissau, São Tomé ePríncipe e Timor Leste.

O novo presidente cabo-verdiano, eleito no passado dia 21 de Agosto, quer que os estados membros se engajem para que a CPLP se transforme mais numa Comunidade de povos. Jorge Carlos Fonseca fez essas considerações num exclusivo a reportagem da VOA na cidade da Praia.