Na província do Namibe e no país em geral, a fraqueza na interpretação correcta da gramática portuguesa, língua oficialmente falada em Angola, revela-se igualmente no seio dos detentores de cargos públicos, políticos e jornalistas, segundo revelou o professor da língua portuguesa, António Ngulawa.
A falta de rigor no actual sistema de educação e ensino nas instituições públicas é apontado como sendo o principal calcanhar de Aquiles. A máxima segundo a qual os angolanos têm o défice em conjugar verbos no modo conjuntivo, parece evidenciar factos irrefutáveis. A Voz de América percorreu algumas instituições escolares públicas, onde os alunos revelam debilidades na conjugação do verbo dar, no presente do modo conjuntivo.
Alguns estudantes atribuem culpas aos professores que não prestam trabalho de qualidade.
«Não somos culpados, não aprendemos a conjugar verbos, os professores são os culpados por esta debilidade», desabafou um dos estudantes do ICRA, Instituto de Ciências Religiosas de Angola.
O docente deixou no ar a máxima latina «Errare humanum est, sed perseverare in malo periculosum est”, traduzido em português, errar é humano, mas permanecer no erro é perigoso.