O futuro do Coronel Muammar Kadhafi está a bloquear as negociações entre os líderes africanos que procuram a solução política para o conflito na Líbia.
Os presidentes da Mauritânia, África do Sul, Uganda Mali e República Democrática do Congo presentes na cimeira da União Africana apresentaram uma proposta de roteiro para a saída da crise na Líbia, proposta esta que apela ao cessar-fogo seguido de transição política através de eleições e reformas constitucionais.
Representantes do governo do Coronel Kadhafi presentes em Malabo mostraram-se favoráveis com o plano em questão. Mas os rebeldes do Conselho Nacional de Transição – CNT- rejeitaram-no afirmando que ele não toma em conta o pedido para a resignação imediata de Kadhafi.
Mansour Safy Al-Nasr do CNT disse a jornalistas que os rebeldes estão obtendo avanços no terreno e não irão recuar até que Kadhafi abandone o poder.
Líderes da União Africana criticaram o mandado de captura do Tribunal Penal Internacional contra Kadhafi, seu filho e o chefe dos serviços secretos por alegadas atrocidades durante a repressão de opositores. Os Chefes de Estados e de governos africanos queixaram-se igualmente dos ataques aéreos da NATO contra o governo líbio em Tripoli, afirmando que deve haver uma solução africana ao conflito.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Egipto, Mohamed Elorabi disse que a exigência rebelde para a resignação de Kadhafi é uma questão a ser decidida pelos líbios não pela União Africana.