A delegação em Moçambique do Fundo de Emergência das Nações para a Infância, UNICEF, apresentou recentemente em Maputo as conclusões de um estudo do Banco Mundial sobre as implicações das mudanças climáticas naquele país.
Baseando-se em dados recolhidos durante as últimas décadas, o estudo conclui que Moçambique já está a sofrer efeitos negativos tais como o atraso no inicio da época das chuvas, para não falar do aumento das temperaturas médias.
O aumento do nível do Oceano Índico coloca também problemas à faixa costeira moçambicana esperando-se que as cidades da Beira, Maputo e Quelimane sofram directamente o seu efeito.
De acordo com o estudo, dentro de um século, a Beira poderá ser uma ilha.
Os efeitos negativos das mudanças climáticas serão especialmente evidentes na produção agrícola moçambicana.
Só na época 2001-2002, a seca excessiva provocou a perda de um terço das colheitas obrigando o governo moçambicano a pedir ajuda internacional para alimentar 650 mil pessoas.
Tal como Hanoch Barlevi do UNICEF Moçambique explicou à VOA, as crianças moçambicanas são sempre especialmente vulneráveis a essas flutuações anormais dos padrões do clima.
Ouça a entrevista com aquele responsável do UNICEF.
Os efeitos negativos das mudanças climáticas serão especialmente evidentes na produção agrícola moçambicana.