Presidente nigeriano promete o reforço da democracia

Presidente nigeriano promete o reforço da democracia

Goodluck Jonathan tomou posse este Domingo dando continuidade ao processo democrático com sucessões de governos civis desde 1999

Na Nigéria, a tomada de posse do presidente Goodluck Jonathan, marca a subida ao poder do terceiro governo civil depois do fim do regime militar em 1999.

O presidente Goodluck Jonathan tinha assumido o poder depois da morte do então Chefe de Estado Umaru Yar’adua. Passando de vice-presidente a presidente, Jonathan prometeu continuar a aplicar o projecto político do defunto Yar’adua, com destaque a reforma eleitoral.

Ao tomar posse por mais quatro anos de presidência, Goodluck Jonathan diz entender a importância da eleição para a democracia nigeriana.

“Cerca de 72 milhões de nigerianos puseram de lado o desinteresse que sempre lhes marcou, para obterem o cartão de eleitor que lhes assegura o direito de escolher quem os deve governar. Durante as eleições vimos de forma clara e distinta a expressão de anseio pela democracia, histórias de coragem e patriotismo.”

No seu discurso de tomada de posse, o presidente Jonathan prometeu trabalhar com o parlamento e os tribunais para o reforço do processo eleitoral.

Para o director do Centro nigeriano para Democracia e Desenvolvimento, Jibo Ibrahim os três órgãos de poder têm tido dificuldades desde 1999, mas têm feito o seu melhor em momentos críticos e principalmente o poder judiciário.

“Eles têm dado contribuições consideráveis para a sustentabilidade política num contexto em que as eleições têm sido muito problemáticas, instáveis e marcadas pela fraude. Portanto penso que o poder judiciário tem sido firme e capaz pelo menos em assegurar até certo ponto a justiça eleitoral.”

Observadores eleitorais dos países da Commonwealth recomendaram que a comissão eleitoral deve melhorar a comunicação com os agentes e membros das assembleias de votos. Num relatório final, os observadores desta organização apelaram para o estabelecimento de normas e leis visando o julgamento daqueles cometam ofensas eleitorais, pondo assim fim a enraizada cultura de impunidade.