Noruega irá instalar, até Setembro deste ano, uma base naval em Moçambique para se envolver directamente no combate à pirataria marítima, apoiando nesse esforço os países da África Oriental.
Segundo um anúncio feito, esta segunda-feira, por Erik Lahnstein, Secretário de Estado noruegês, que falava na abertura de um seminário sobre a “Pirataria Marítima no Oceano Índico,” até ao próximo Outono europeu, uma fragata e meios aéreos estejam estacionados na costa do Índico, para ajudar os países da região oriental a travar as acções dos piratas.
“Neste momento ainda não ainda não tomámos a decisão do país em que posicionaremos os meios já disponíveis, mas tendo em conta que Moçambique é um dos países que está na rota da pirataria e que está comprometido com o combate a este fenómeno, é provável que Moçambique seja um ponto para uma base de aviação de patrulhamento para o combate a pirataria”, afirmou Lahnstein.
A pirataria marítima na costa moçambicana ganhou forma real, no final de Dezembro passado, quando o “Vega 5”, uma traineira, foi sequestrada por piratas somalis.
Desde então, os armadores nacionais moçambicanos receiam fazer-se ao mar, comprometendo a actividade pesqueira, devido ao medo de novas acções piratas.
O vice-ministro moçambicano da Defesa, Agostinho Mondlane, disse que Moçambique aprimorou a sua capacidade de prevenção, mas que ainda precisa de apoios, sobretudo no que diz respeito ao aperfeiçoamento dos métodos de prevenção e combate, face aos métodos cada vez mais sofisticados dos piratas do mar.
Até ao final desta terça-feira, representantes do governo, a vários níveis vão produzir, com apoio de peritos internacionais em matéria de pirataria, uma visão comum para a criação de uma plataforma para combater este fenómeno.