Na África do Sul, a Aliança Democrática obteve ganhos significativos nas eleições locais, onde o ANC registou uma queda ligeira, muito embora continue a dominar largamente a política no país.
A Aliança Democrática, conhecida pela sigla inglesa (DA) aumentou o seu apoio a nível nacional entre os votantes passando de cerca de 15 por cento em 2006 para 23 por cento agora – uma proeza saudada como um ganho para a democracia na África do Sul. Lindiwe Mazibuko, porta-voz da DA, disse que o seu partido foi o único que viu aumentar o seu apoio entre os eleitores:
“E é algo para celebrar porque significa que nos estamos a movimentar em direcção a uma situação onde as pessoas sentirão que têm escolhas, uma escolha entre dois partidos com experiência governativa, o que é bom para a democracia.”
Depois das eleições locais em 2006, o DA precisou de formar uma coligação para governar a Cidade do Cabo. Desta vez, a Aliança Democrática obteve uma maioria absoluta.
Na Baía Nelson Mandela, no coração do apoio ao Congresso Nacional Africano, a Aliança Democrática aumentou a sua votação de 25 por cento para 40 por cento.
O grande derrotado destas eleições é o Partido da Liberdade Inkhata, cujo apoio está predominantemente confinado à província do Kwa-Zulu Natal, dominado pelos zulus. O Inkhata perdeu apoio significativo para o recém-criado Partido da Liberdade Nacional (NFP). O NFP cindiu-se do partido Inkhata no ano passado.
Tradicionalmente na África do Sul, as eleições locais tem uma menor afluência de votantes, na ordem dos 50 por cento, em relação as eleições nacionais. Nas eleições de 2006 apenas 48 por cento dos eleitores exerceram o seu direito de voto, mas a Comissão Eleitoral Independente informou que desta vez a afluência foi bastante acima dos 50 por cento.
Alguns do sucesso da Aliança Democrática vem da sua fusão no ano passado com os Democratas Independentes, cuja antiga líder Patrícia de Lille é agora a presidente de Câmara eleita da Cidade do Cabo. De Lille deu à Aliança Democrática apoio significativo dos eleitores de raça mista, particularmente no Cabo e em outras áreas da província do Cabo Ocidental.
Mas a Aliança Democrática, que tem as suas raízes no Partido Progressivo Liberal da era apartheid, ganhou também apoio em comunidades negras vencendo o ANC em vários municípios através do países.