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Israel não faz concessões aos Palestinianos antes de encontro em Washington


Israel não faz concessões aos Palestinianos antes de encontro em Washington
Israel não faz concessões aos Palestinianos antes de encontro em Washington

Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu debate esta semana com o presidente Barack Obama o processo de paz no Médio-Oriente

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu tem previsto uma viagem esta semana a Washington onde espera obter o apoio americano ao seu país, que faz face as mudanças actuais no mundo árabe e ao aumento de pressão por parte dos Palestinianos.

Vai ser a ocasião para o líder israelita expor ao presidente Barack Obama como deverá lidar com as mudanças actuais no mundo árabe e o crescimento de pressões internas e externas para a paz com os Palestinianos.

Responsáveis israelitas têm dito ser ainda muito cedo para falar daquilo que poderão ser entendidas como mudança nos Estados árabes vizinhos a luz das recentes revoltas, mas mostram-se preocupados que governos mais hostis à Israel estão em vias de assumir o poder nesses países.

Falando esta Segunda-feira a parlamentares israelitas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que durante este período de transição a situação de Israel deverá ser mais problemática e decisiva. Netanyahu aponta como exemplo, os eventos políticos actuais no Egipto, Síria e Líbano que no seu entender estão a ser apoiados pelo grupo iraniano Hezbollah. O primeiro-ministro israelita salientou ainda que o protesto de milhares de Palestinianos na fronteira com Israel no Domingo mostrou que a chamada Primavera palestiniana está a portas do seu país.

Netanyahu diz que Israel quer a paz com os Palestinianos, e propôs uma lista de condições ontem. Nenhuma delas sugerem mudanças de políticas ou concessões, em véspera de sua visita a Washington.

Israel não faz concessões aos Palestinianos antes de encontro em Washington
Israel não faz concessões aos Palestinianos antes de encontro em Washington

O líder israelita disse que os palestinianos devem reconhecer Israel como um Estado judeu, permitir que Jerusalém continue sob o controlo israelita e indivisível, e concordem com a não militarização do futuro Estado Palestiniano.

Netanyahu rejeitou o retorno de refugiados palestinianos para as terras no interior de Israel, afirmando que aqueles que desejam regressar representam uma ameaça a existência do Estado judeu.

Um outro elemento de preocupação dos líderes israelitas é o recente acordo de reconciliação assinado entre a facção moderada Fatah e o Hamas. Israel opõe-se a todo e qualquer acordo entre os líderes palestinianos que inclua o Hamas, um grupo considerado pelos Estados Unidos de terrorista e cujo estatuto apela para a destruição do Estado judeu.

Os palestinianos estão a preparar para o mês de Setembro altura em que deverão requerer o apoio das Nações Unidas para o reconhecimento enquanto país. Israel por sua vez está a fazer de tudo para evitar o reconhecimento do Estado palestiniano antes da conclusão do acordo final de paz.

Internamente o primeiro-ministro Netanyahu está sob pressão da oposição política, principalmente do partido centrista – Kadima - que lhe tem apelado para apresentar um proposta de paz.

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