Os militares que lideraram o golpe de estado na Guiné-Bissau bem como os representantes dos partidos políticos do país estão reunidos na Gâmbia.
A iniciativa partiu do presidente da Gâmbia, com o objectivo de se encontrar uma solução para a crise que se instalou na Guiné depois do golpe militar de há duas semanas.
Num avião do governo da Gâmbia seguiram nomeadamente Daba Na Walna, porta-voz do comando militar que liderou o golpe de Estado de 12 de Abril, representantes da marinha e da força Aérea, o bispo de Bissau, representantes da sociedade civil e representantes dos candidatos às eleições presidenciais de Março e de partidos políticos, incluindo do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o maior partido do país, no poder até ao golpe militar.
O PAIGC até agora tinha -se recusado a dialogar com outros partidos ou com o comando militar.
Henrique Rosa, um dos candidatos às presidenciais também viajou no avião enviado a Bissau expressamente para levar o grupo.
No sábado chegou entretanto a Bissau uma missão técnica da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, CEDEAO, que vai definir os próximos passos da transição no país.
O comando militar que liderou o golpe aceitou as condições impostos pela organização, incluindo a libertação do primeiro-ministro e do presidente interino guineenses, que se encontram já na Costa do Marfim.
Líderes golpistas bem como os representantes dos partidos políticos do país estão reunidos na Gâmbia.