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A Boko Haram ameaça os meios de comunicação nigerianos


Os jornalistas nigerianos não serão intimidados

Atentados contra media

Na Nigéria, o número de vítimas dos ataques bombistas de quinta-feira contra escritórios de jornais em Abuja e em Kaduna, subiu para pelo menos nove pessoas.

As suspeitas recaem sobre a seita militante islâmica Boko Haram, que tem ameaçado os meios de comunicação.

Um jornal nigeriano que se publica na Internet indicou que a seita reivindicara a responsabilidade pelos atentados bombistas e que planeava mais ataques contra os meios de comunicação.

Os jornalistas nigerianos afirmam que não serão intimidados por disseminar informação após os atentados de Abuja e de Kaduna contra os escritórios do jornal THIS DAY.

A publicação pela Internet THE PREMIUM TIMES divulgou o que denomina de entrevista exclusiva do porta-voz da Boko Haram.

O porta-voz terá indicado que os ataques bombistas foram a resposta ao que classificou de notícias parciais e incorrectas sobre as actividades da seita.

Segundo a mesma fonte o THIS DAY foi atacado pelo facto de ter cometido erros especialmente graves.

A autenticidade da entrevista na Internet não foi confirmada. O director executivo do THIS DAY defendeu as reportagens do jornal.

“Citamos sempre o representante, o porta-voz. Escrevemos sempre o que nos foi dito. Nunca publicamos algo contra eles. Reportamos aquilo que nos é dito”.

THIS DAY publicou hoje um editorial no qual refere que nenhuma ameaça ou intimidação poderá enfraquecer a nossa decisão.

O director do escritório de Kaduma acrescentou que os media enfrentam grandes desafios na cobertura do Boko Haram, que permanece uma entidade praticamente sem cara.

Para cobrir as notícias, referiu a fonte os jornalistas tem com frequência através de declarações não confirmadas das forças de segurança.

“É sempre um desafio. Não nos fornecem a totalidade dos factos, por isso dependemos das descrições das testemunhas”.

Os ataques da quinta-feira marcam a complexidade crescente da ameaça à segurança no norte da Nigéria – já que nem todos os incidentes são reivindicados pelo Boko Haram – que cada vez mais visam alvos civis.

Desde o reaparecimento da Boko Haram, em 2010, a Human Rights Watch sustenta que os ataques da seita custaram a vida a mais de um milhar de pessoas.

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