Presidente Obama visita sede da Facebook e não poupa criticas aos Republicanos

Presidente Obama visita sede da Facebook e não poupa criticas aos Republicanos

Os cortes orçamentais e a reforma de políticas despesistas defendida pelos Republicanos estão a ser desmontados por Obama que parece estar já em campanha

O presidente americano visitou ontem a sede da companhia Facebook e não perdeu a oportunidade para criticar a posição do partido Republicano em relação ao orçamento do governo federal.

Obama pressionou novamente o GOP qualificando os cortes orçamentais propostos pela oposição de radical, de curta visão e susceptíveis de reduzir o défice federal em detrimento dos pobres e dos que menos poder tem.

O jornal The New York Times na sua edição na internet escreve hoje que ao visitar ontem o quartel-general da Facebook em San Francisco e falar dos cortes orçamentais deste ano, o presidente Obama terá aberto a sua frente oeste de combate com o Partido Republicano.

Num reunião marcada por sessões de perguntas e respostas e moderada pelo presidente da Facebook Mark Zuckerberg, um jovem de 26 anos, o presidente americano preferiu centrar-se na questão da aprovação tardia do orçamento deste ano e das quezílias políticas levantadas durante as negociações com os Republicanos que defendiam mais cortes nas despesas.

O presidente Obama disse aos presentes que o orçamento proposto pelo Partido Republicano era ao seu ver “amplamente radical” e jamais o chamaria de “particularmente corajoso”.

Obama disse que nada parece ser mais fácil, que resolver os problemas sobre os ombros dos pobres, ou dos incapacitados e dos que não têm lobbystas ou ainda dos que não têm protecção.

As críticas de Obama foram recebidas como o eco do seu discurso feito há uma semana na Universidade de Georgetown aqui em Washington DC, dois dias antes da maioria republicana na Câmara dos Representantes ter aprovado o projecto do orçamento sem o voto Democrata.

Obama apelou para uma posição mais consensual no que toca a redução do deficit de 4 triliões de dólares entre 10 a 12 anos com corte de despesas e aumento de impostos.

Aproveitando-se do cenário e particularmente perante uma audiência de 1200 pessoas na sua maioria jovens e num autêntico ambiente de campanha eleitoral, Obama pôs em evidência os contrastes da sua visão e dos Republicanos quanto aos deficits anuais.

Enquanto vai conseguindo angariar mais apoiantes com a sua enérgica crítica a política dos Republicanos, o presidente americano terá enfurecido os seus adversários, os mesmos que ele tem apelado para conversações visando um compromisso antes de Julho no Congresso que estabeleça o limite de 14,2 triliões de dólares de limite da dívida pública.

Num comunicado pouco antes da visita de Barack Obama a sede da Facebook o líder da maioria Republicana na Câmara dos Representantes, Eric Cantor do Estado da Virgínia reiterou que se o presidente e os Democratas não aceitarem as reformas que reduzam imediatamente as despesas federais e o fim da cultura de endividamento de Washington, o seu partido – o Republicano – não lhes irá aprovar o projecto lei de limite do aumento da dívida.

Depois da visita a sede da Facebook, o presidente Obama partiu para a cidade de San Francisco para uma série de eventos de angariação de fundos de campanha numa viagem de dois dias com passagens por Reno no Estado do Nevada e Los Angeles nesta Quinta-feira.