O movimento do manifesto das Lundas, que luta pela autonomia dessa região de Angola, parece estar a caminho de uma cisão.
Recentemente diversos dirigentes da organização anunciaram a destituição do cargo, do presidente da organização do Dr. Jota Filipe Malakito.
Malakito foi recentemente libertado pelas autoridades angolanas após uma prolongada detenção e foi acusado por outros membros da sua organização de ter entrado em compromissos com o governo de Angola.
Pois agora este dirigente do movimento das Lundas contra-ataca. Ele diz que a sua destituição é ilegal e acusa aqueles que dizem tê-lo demitido do cargo de terem uma agenda secreta de violência que está a ser manipulada pelo governo.
Numa entrevista à Voz da América Malakito disse que os seus acusadores deveriam fornecer provas daquilo que afirmam.
O recém libertado dirigente das Lundas disse que continua envolvido na sua campanha por uma maior autonomia desse território tendo mesmo proposto ao Presidente da Republica o recomeço de negociações “interrompidas devido ao comportamento dos seus agentes da Casa Militar”.
Jota Filipe Malakito atribuiu as acções daqueles que o acusaram de traição a um grupo que quer a confrontação armada nas Lundas e que se opõe à sua política de procurar soluções por via pacífica.
Esse grupo, disse, está a ser manipulado por agentes do governo.
O Dr. Malakito disse ainda que está agendada para o final deste mês uma reunião nas Lundas de dirigentes do seu movimento e convidou os seus acusadores a apresentarem nessa reunião as provas da sua alegada corrupção.
Para o Dr. Malakito o anuncio da sua demissão não tem qualquer validade.
“Eu não fui afastado por ninguém. Isso é um grupinho e eu dependo do povo. Não são nada,” acrescentou.
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