Os Estados Unidos aprovaram o envio de aviões não tripulados para a Líbia de forma a dar a NATO mais vantagens estratégicas na sua missão de proteger a população civil.
A decisão do presidente Obama coincide com a chegada hoje do Senador Republicano, John McCain e a cidade de Benghazi, o bastião rebelde, onde deverá se encontrar com líderes da oposição líbia e tomar contacto com a situação.
O anúncio de envio de dois aviões não tripulados à Líbia pelos Estados Unidos foi feito pelo Secretário de Defesa, Robert Gates.
Gates disse que o presidente Barack Obama aprovou o uso dos aviões-drones reconhecidos como capazes de conduzir ataques com mísseis e de alta precisão.
“O presidente disse que no que toca a domínios em que temos capacidades únicas que gostaria de usa-las, e de facto ele aprovou o uso de aviões Predadores, e penso que hoje vai ser de facto o primeiro dia de sua missão.”
Responsáveis militares americanos disseram que os drones vão ser usados especificamente em zonas urbanas, como Misrata onde podem voar a baixa altitude e alvejar alvos entre multidões com muito mais precisão.
Os líderes rebeldes têm apelado a mais ajuda da NATO em Misrata, uma cidade cercada por tropas leais ao Coronel Muammar Kadhafi. Organizações dos direitos humanos indicaram que centenas de pessoas têm sido mortas na cidade durante mais de seis semanas de combates.
Enquanto isso, o Senador Republicano John McCain chegou hoje a cidade de Benghazi à leste do país, para encontros com os líderes da oposições e obter mais precisões sobre a situação no terreno.
McCain disse a jornalistas após a sua chegada a cidade berço da rebelião, que os rebeldes são seus “heróis”.
“Obviamente que vim aqui para ter uma apreciação sobre a situação no terreno. Estamos a reunir com o Conselho Nacional de Transição, com os militares e com muitas pessoas.”
O Senador Republicano foi uma das vozes que mais defendeu a intervenção militar na Líbia.
A oposição líbia já saudou entretanto a decisão do presidente Barack Obama de envio de dois aviões-drones Predador de apoio as operações da NATO. Este novo contributo dos Estados Unidos parece revelar um novo sinal de falha no que toca as capacidades da Aliança Atlântica em levar a cabo missões longas de combates sem o continuado e significante apoio americano.