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Nigéria: Vaga de violência ameaça estabilidade


Nigéria: Vaga de violência ameaça estabilidade
Nigéria: Vaga de violência ameaça estabilidade

O presidente Goodluck Jonathan decidiu destacar mais elementos das forças de segurança para conter os tumultos que se seguiram á sua eleição

Na Nigéria, o presidente Goodluck Jonathan decidiu destacar mais elementos das forças de segurança para conter os tumultos que se seguiram á sua eleição. O seu principal rival Muhammadu Buhari queixa-se de fraude eleitoral.

O presidente Jonathan afirmou que a calma estava a ser restaurada nas zonas conturbadas do norte do país onde a vaga de violência já desalojou milhares de pessoas.

Acrescentou que as eleições estaduais da próxima terça-feira serão realizadas conforme programado, mas, rodeadas de medidas de segurança rigorosas: “decidi destacar forças de segurança para as zonas conturbadas do país. Autorizei as forças de segurança a fazerem frente, de um modo decidido, a todos os actos de violência contra os nossos concidadãos”, disse Jonathan.

A vaga de violência começou no domingo passado quando apoiantes muçulmanos de candidato presidencial derrotado Muhammadu Buhari atacaram igrejas, casas particulares e esquadras da polícia nos estados nortenhos provocando represálias dos cristãos.

Segundo Buhari a eleição de Jonathan foi fraudulenta. No entanto observadores independentes afirmam que a votação foi livre e justa.

Buhari condenou a violência e apelou aos seus apoiantes que se mantivessem calmos enquanto recorria aos tribunais para resolverem o diferendo eleitoral.

Também ele apelou aos eleitores que votassem nas eleições estaduais e que não destruíssem os seus cartões de eleitores: “ apelo a todos que mantenham os vossos cartões eleitorais e que vão em massa às urnas nas eleições de terça-feira para desgraçar os opressores que vos roubaram os votos”, disse Buhari.

Entretanto, num discurso ao país, o presidente Jonathan afirmou que iria ser constituída uma comissão de inquérito para investigar a vaga de violência, que, segundo ele, fazia lembrar a fase que antecedeu a guerra do Biafra no final da década de 60.

Segundo a Cruz Vermelha, a violência eleitoral na Nigéria já causou pelo menos 410 feridos e desalojou mais de 40 mil pessoas.

Fala-se por outro lado da morte de cerca de 50 pessoas apesar das entidades oficiais nigerianas e agências humanitárias se recusarem a publicar números oficiais temendo novos incidentes de represálias.

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