Alegações de fraude paralisam processo eleitoral na Guiné-Bissau

Carlos Gomes Jr. o candidato mais votado na primeira volta

O país está em suspense. Os guineenses continuam a conviver com a crise pós eleitoral, em consequência da contestação de resultados provisórios.

O país está em suspense. Os guineenses continuam a conviver com a crise pós eleitoral, isto em consequência da contestação de resultados provisórios publicados pela Comissão nacional de Eleições, CNE.

A Comissão, segundo a Lei Eleitoral, deve anunciar os resultados entre 7 a 10 dias após o acto de votação. E justamente terça-feira completou-se o sétimo dia, faltando mais três dias, para que sejam conhecidos os resultados definitivos do escrutínio do passado dia 18 de Marco.

Mas, a Comissão Nacional de Eleições ainda está a analisar as reclamações de alegadas fraudes apresentadas por cinco candidatos, que hoje estiveram reunidos com representantes da União Africana, da CEDEAO e de UEMOA. Estes continuam a exigir a nulidade do processo, que deve culminar com a realização da segunda volta.

Esta, de acordo com a legislação eleitoral guineense, acontece 21 dias após o anúncio de resultados definitivos do pleito, facto que ainda não apresenta sinais visíveis, porque as reclamações apresentadas pelos candidatos derrotados ainda estão a ser analisadas. Não há ainda uma data para a conclusão dessa analise, não obstante o desdobramento da plenária da CNE para a resolução da contenda

Perante este cenário, algo inquietante, o Movimento Nacional da Sociedade Civil continua a desenvolver contactos junto às instituições nacionais e internacionais, para manifestar a sua preocupação e contribuir na busca de solução para a crise.

Foi neste âmbito que manteve encontros com o Representante do Secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba, da CEDEAO, assim como com o embaixador de Angola, em Bissau, e os candidatos Carlos Gomes Júnior e Serifo Nhamadjo, devendo ainda manter encontros com outras personalidades envolvidas no processo.