ONU quer evitar erros que aumentaram preços dos alimentos

  • Paulo Oliveira

ONU quer evitar erros que aumentaram preços dos alimentos

O preço do arroz a retalho aumentou 33 por cento no Bangladesh e na China e na Indonésia 23 por cento.

Os delegados que participaram em Banguecoque da Conferencia das Nações Unidas sobre os aumentos dos custos dos alimentos na Ásia concordaram em evitar medidas restritivas que possam conduzir a uma crise dos preços dos alimentos.

A Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura – a FAO – reuniu 19 nações do continente asiático, mais o Japão e os Estados Unidos, para um encontro de dois dias sobre a forma como enfrentar o aumento dos preços dos alimentos.

A FAO considera que, globalmente, o custo da alimentação em Fevereiro atingiu o nível mais elevado de sempre e que os preços podem subir ainda mais na medida em que o preço do petróleo subir, afectando os custos dos transportes.

Ertharian Cousin, a representante dos Estados Unidos junto das agências da ONU em Roma, referiu que os países reunidos acordaram em não repetir os erros do passado que contribuíram, há poucos anos, para a subida dramática dos preços dos alimentos.

Cousin sublinhou que as restrições às exportações e o pânico das compras foram quase na totalidade responsáveis dos aumentos dos preços dos alimentos.

Naquela altura o custo do arroz, o principal bem alimentar na Ásia, duplicou numa questão de meses.

Konuma, o representante da FAO na Ásia e no Pacifico, indicou que a Birmânia confirmou recentemente ter proibido a exportação de arroz, mas que tal era uma medida de precaução adoptada todos os anos antes da colheita do arroz e não relacionada com o aumento mundial dos preços dos alimentos.

“Normalmente antes da colheita do arroz existe uma redução das existências e os preços aumentam. É natural que o governo tente manter existência suficiente e desencoraje a exportação”.

Presentemente o preço do arroz a retalho aumentou 33 por cento no Bangladesh e na China e na Indonésia 23 por cento.

Os maiores produtores da região, a Tailândia e o Vietname, têm boas colheitas que devem manter os preços estáveis.