04 Fev 2011 - A Casa Branca está a negociar com os responsáveis egípcios um plano para a saída imediata do presidente Mubarak, e a criação de um governo de transição liderado pelo vice-presidente Omar Souleimane.
A notícia é divulgada hoje pelo jornal The New York Times, que indica que o plano tem o apoio das forças armadas do Egipto, de membros do governo e de diplomatas dos países árabes.
Segundo o The New York Times, membros dos dois governos estão em conversações sobre o plano no qual o vice-presidente Souleimane apoiado pelo General Sami Enan, chefe de estado-maior general das forças armadas e o marechal Mohamed Tatawi, ministro da defesa, podiam imediatamente iniciar o processo de reforma constitucional.
O plano propõe igualmente ao governo de transição em convidar os grupos de oposição, incluindo o proibido grupo dos Irmãos Muçulmanos, para darem o início as reformas eleitorais com vista a realização de eleições livres e justas em Setembro.
Altos membros do governo americano disseram que esse plano faz parte de uma série de opções em discussão com altos dirigentes egípcios e próximos do presidente Mubarak no sentido de o persuadir a abandonar o poder.
As mesmas fontes disseram que a sua implementação dependerá de uma série de factores, que têm a ver com as normas constitucionais egípcias e também com a maneira como os protestos de rua se evoluírem tanto em Cairo como em outras cidades do Egipto.
Alguns desses responsáveis disseram entretanto não haver ainda indicações se o vice-presidente Omar Souleimane ou outros líderes militares desejam abandonar ou seja provocar a saída do presidente Mubarak.
Fontes próximas que têm acompanhado os contactos entre a administração Obama e Cairo afirmaram que os responsáveis americanos disseram aos seus homólogos egípcios que ainda que apoiem uma outra figura forte para substituir o presidente Moubarak, o Congresso pode congelar as ajudas militares ao país, se não houver um plano específico e calendarizado para eleições democráticas.
O Egipto recebe dos Estados Unidos, 1.3 mil milhões de dólares anuais de ajuda financeira.