5 Fev 2011 - O petróleo vai continuar a ocupar ano um lugar estratégico na reconstrução nacional e no crescimento da economia angolana.
O anúncio é oficial em Angola, mas analistas locais consideram que o executivo devia apostar fortemente na diversificação da economia.
Para isso terá de deixar o discurso e partir para a prática.
Apesar dos investimentos dos últimos anos na agro-industria, pesca e hotelaria, o sector não petrolífero não representa nenhum peso na balança económica.
O facto está a deixar cada vez mais apreensivos os actores da sociedade civil, academicos e jornalistas, ouvidos nesta mesa redonda sobre o futuro da economia de Angola, que deverá reguistar, este ano, um crescimento robusto.
O jornalista Miguel Gomes, diz que o crescimento da economia deve ser em todas as áreas e não apenas no sector petrolífero. E sustenta que, apesar das declarações de interesse dos governantes sobre a dioversificação da economia, esse interesse só dura quando há crise no petróleo.
Os investimentos no sector não petrolífero continuam, mas o petróleo domina como nota Miguel Gomes a respeito de a agricultura ter perdido a atenção política recebida do estado em 2009.
Para o economista Paulo Leitão "é importante que haja mais receitas e mais recursos", logo é positivo que haja um incremento nas receitas do petróleo. Mas os outros sectores devem receber tratamento prioritário, pois, ao contrário do petróleo, precisam de incentivo e fomento.
O petróleo não precisa de muita mão de obra, e não ajuda a criar emprego ao angolano comum. Já a agricultura emprega muita mão de obra, mas o governo não a fomenta o suficiente, como devia, tanto mais que Angola importa 80% dos seus alimentos.
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