Relacionamento do Irão com América Latina pode ameaçar EUA

Ahmadinejad

Washington atenta às relações de Ahmadinejad com Chavez

Membros de uma comissão do Congresso manifestaram preocupação pelo relacionamento do presidente iraniano com vários dirigentes latino americanos poder constituir uma ameaça à segurança dos Estados Unidos.

O director nacional dos serviços de informação dos Estados Unidos, James Clapper afirmou perante a comissão dos Assuntos Estrangeiros que responsáveis iranianos estão agora mais dispostos a efectuar um ataque nos Estados Unidos.

Elementos da administração Obama referiram que os Estados Unidos observam atentamente o relacionamento do presidente iraniano com o presidente venezuelano Hugo Chavez. Durante a recente visita de Ahmadinejad à Venezuela, ele e Hugo Chavez comentaram os receios do ocidente sobre o relacionamento do Irão com a América Latina.

Os Estados Unidos e a Europa têm, nos últimos meses, apertado as sanções contra o Irão, por que consideram que Teerão está a tentar desenvolver armas nucleares. O Irão insiste em que o seu programa nuclear tem fins pacíficos.

O representante democrata de Nova Iorque Gary Ackerman considera que dadas as acções iranianas, Teerão pode esperar um aumento do isolamento internacional.

“Ahmadinejad pode deslocar-se onde desejar e tentar convencer que a tirania é melhor e que a guerra é superior aos frutos da paz”.

Michael Shifter, presidente do grupo Interamericano para o Diálogo está de acordo, acrescentando que ao contrário de 2009 é importante destacar que Ahmadinejad não se deslocou ao Brasil durante a recente digressão pela América Latina.

“O Irão tenta alargar o apoio ao regime, e Ahmadinejad visitou quatro países para reforçar os poucos laços que ainda mantem no mundo. Os quatro países que visitou, a Venezuela, a Nicarágua, Cuba e o Equador têm cada vez menor significado na cena política regional”.

A comissão senatorial norte americana do sector bancário acaba de aprovar novas sanções contra o Irão, que vão ser apresentadas para aprovação no Senado.