União Africana perde credibilidade

Eleição do presidente da Comissão da União Africana acabou por exacerbar as grandes divisões de blocos regionais e linguísticos no continente africano

Falta de consenso na eleição do presidente da Comissão Africana é sinal de paralisia e retrocesso - diz embaixador Corsino Tolentino de Cabo-Verde

A 18ª cimeira da União Africana desta semana, concluiu sem a concretização de um dos pontos da sua agenda que era a eleição do presidente da Comissão Africana, o orgão executivo da organização.

Depois de 4 rondas de votações que se opuseram o presidente cessante, o gabonês Jean Ping e a ministra do interior da África do Sul, Zkosazana Dlamini-Zuma, os Chefe de Estados e de Governos presentes decidiram prorrogar o mandato do ainda presidente por mais seis meses.

A próxima eleição está prevista para Malawi.

O embaixador cabo-verdiano Corsino Tolentino analisa os efeitos desta falta de consenso ao nível dos Estados africanos na eleição do orgão executivo do continente e evoca as possíveis soluções para daqui a seis meses.

O diplomata cabo-verdiano considera o impasse gerado pela não-eleição de nenhum dos candidatos como um sinal de paralisia e de retrocesso no ambito dos objectivos da organização pan-africana.

Ouça a análise do embaixador Corsino Tolentino, nos segmentos sonoro desta página.