Em São Tomé e Príncipe as autoridades suspeitam que um juiz tenha sido subornado para permitir a saída do país do advogado Adelino Isidro acusado de agressão contra um cidadão cabo-verdiano.
O ministério público santomense suspeita que o Juiz Hilário Garrido tenha sido subornado para suspender a medida de coacção decretada há 3 meses contra o advogado Adelino Isidro acusado de crime de ofensas corporais ao cidadão cabo-verdiano da roça “Monte macaco” que acabou por ficar sem uma perna depois de ser baleado por ordens de Adelino Isidro.
Cerca de duas semanas depois de ter sido posto em liberdade, aguardando o julgamento deste caso e de outro processo de injúria e difamação ao procurador, Adelino Isidro, viajou na terça-feira para Portugal.
Os serviços de migração e fronteiras garantem que não havia qualquer impedimento das autoridades judiciais à saída do arguido.
Perante esta situação, o ministério público santomense suspeita que o juiz que tirou o arguido da prisão preventiva foi subornado e exige o seu afastamento do cargo.
Em reacção Hilário Garrido diz que se trata de um absurdo.
O juiz, negou igualmente outra acusação do ministério público segundo a qual o arguido Adelino Isidro, foi visto na sua residência dois dias antes da viagem.
Perante os últimos acontecimentos à volta do caso” Adelino Isidro”, o ministro da justiça reafirmou a necessidade urgente de credibilização dos tribunais santomenses.
Para Elísio Teixeira a saída do arguido para o estrangeiro na véspera do julgamento de um dos processos em que está envolvido compromete o sistema judicial nacional.
As autoridades suspeitam que um juiz tenha sido subornado para permitir a saída do país do advogado Adelino Isidro.