Nigéria: Religião e petróleo são mistura explosiva

  • Eduardo Ferro

Nigéria: Religião e petróleo são mistura explosiva

Analista político moçambicano Calton Cadeado equaciona na "Agenda Africana" o peso da religião e do petróleo no futuro da Nigéria.

O presidente da Nigéria Goodluck Jonathan anunciou no domingo uma redução de 35% do preço da gasolina colocando agora o litro do combustivel a 60 centavos do dólar.

Os líderes sindicais puseram termo às greves que agitaram o país nas últimas semanas e o presidente nigeriano apelou aos seus concidadãos para que voltassem ao trabalho.

Contudo foi preciso enviar de novo soldados para a rua na segunda-feira para acabar finalmente com os protestos.

Os preços dos combustíveis continuam no entanto muito mais elevados do que quando o governo nigeriano decidiu cortar os subsídios no dia 1 de Janeiro.

O valor anterior era de 45 centavos por litro e resultava de um subsídio estabelecido em 1973 uma das poucas maneiras através da qual a população podia beneficiar da riqueza petrolífera nacional.

Durante a greve dezenas de milhar de nigerianos desceram às ruas durante esta greve com repercussões internacionais fazendo subir os preços do petróleo nas praças internacionais com a ameaça dos sindicatos de encerrarem as instalações de produção.

Enquanto isso o norte da Nigéria debate-se com um crescendo de violência religiosa levando o presidente Jonathan a declarar o estado de emergência nalgumas zonas onde o grupo extremista islâmico Boko Haram tem vindo a desencadear uma série de atentados mortíferos.

A situação na Nigéria é esta semana o tema da "Agenda Africana" da VOA.

O nosso convidado é Calton Cadeado analista político do Instituto Superior de Relações Internacionais de Moçambique. Começamos por perguntar-lhe qual o principal problema com que a Nigéria se debate: o religioso ou o energético.

Ouça a entrevista premindo a tecla acima do texto.