O Governo de Angola prepara-se para fazer pela terceira vez em 2017 o pedido de alargamento do prazo de desminagem do país e vê-se assim impossibilitada de declarar-se neste ano Estado livre de minas ao abrigo da Convenção de Otava.
A ideia foi deixada na Huíla pelo chefe do Departamento de Acção contra Minas da Comissão Nacional de Desminagem, Edgar Lourenço.
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Sem atingir o objectivo em 10 anos, Edgar Lourenço disse que foram acrescentados mais cinco anos que terminam em 2017, mas que pelo andar da carruagem dificilmente o país se verá livre das minas.
“Estamos a caminhar para o final destes cinco anos que vai terminar em 2017 e certamente vamos ter que fazer um outro pedido porque o país ainda continua com muitas minas”, revelou.
Lourenço garantiu, no entanto, que os anos que o país leva de desminagem permitiram já a libertação de mais de três mil miliões de metros quadrados de terra, para além da edificação de várias infraestruturas socio-económicas em zonas anteriormente minadas.
Destes números há a destacar a reintegração educacional de mais de 21 mil pessoas vítimas de minas.
“Tivemos reintegração educacional acima de 21 mil pessoas, integração de reabilitação física acima de 15 mil, ajudas técnicas que podem variar entre fornecer cadeiras de rodas próteses e muletas, estamos acima de 32 mil pessoas que receberam apoio psicológico e mais de 21 mil pessoas foram reintegradas economicamente”, concluiu.
Refora-se que Moçambique já foi declarado país livre de minas.