O descuido de uma organização de desminagem pode estar na origem de uma explosão na semana passada na Huíla, que causou a morte de uma criança e feriu cinco outras, disse um oficial das Forças Armadas Angolanas (FAA).
Ao mesmo tempo, o Governo local confirmou que um homem tinha sido enviado para o local para realizar “trabalho comunitário” de descapinagem como pena por ter violado o código de postura administrativa.
Anteriormente, tinha sido dito que as crianças foram ajudar o avô que estava a fazer o trabalho comunitário.
Entretanto, agora, as Forças Armadas Angolanas presumem que um roquete de RPGT pode ter estado na base da explosão que matou a criança e deixou cinco outras feridas no município da Matala.
O local, bem no centro da vila, foi isolado e uma equipa da brigada de desminagem das FAA está a trabalhar para declarar a área livre de engenhos explosivos.
O 2º comandante da sexta divisão de infantaria motorizada, brigadeiro António Hangalo, relaciona o acidente ao facto de no passado a zona até então tranquila ter acolhido empresas de desminagem.
“Nos anos de 1990 a 2000, duas empresas privadas de desminagem estiveram aqui e, por descuido, podem ter deixado alguns engenhos que provocaram o que nós acabamos de registar”, disse o militar, aclarando que "foram organizações não governamentais de desminagem que estiveram ali”.
O brigadeiro afirmou ainda que um trabalho ao longo de todo o município está em curso com vista a evitar episódios silimares no futuro.
Entretanto, a VOA apurou que as três crianças transferidas para o Hospital Geral do Lubango Dr. António Agostinho Neto recuperam-se satisfatoriamente.
A assistência médica e o apoio às famílias das vítimas do acidente têm o acompanhamento da administração municipal da Matala, segundo o seu responsável, Miguel Vicente.
“ A Administração tem estado dar apoio aos familiares na deslocação e naquilo que eles precisam”, garantiu Vicente..