O presidente da UNITA, Isaías Samakuva, criticou a inclusão de "árbitros" que também são "jogadores" na Comissão de Inquérito aos incidentes da noite do fim do ano, no estádio da Cidadela, em Luanda.
O evento da Igreja Universal do Reino de Deus, IURD, evoluiu para o caos e, depois, para uma tragédia, em que morreram 16 pessoas. "Uma tristeza, foi um desastre que nós esperamos não venha a repetir-se", afirmou Samakuva respondendo aosd ouvintes da Voz da América, no programa Angola Fala Só.
Isaías Samakuva disse concordar com o advogado Pedro Capracata, segundo o qual os ministros do Interior, Cultura, Juventude e Desportos, e o governador provincial de Luanda, deviam ser excluidos de uma Comissão de Inquérito ao desastre, nomeada quinta-feira, prelo presidente angolano.
"Ninguém pode ser árbitro e jogador ao mesmo tempo. Não devia ser assim. Aqueles que estão de uma ou outra forma implicados nisto deviam ser deixados de fora. Há outras pessoas e instituições que podiam ser parte desta comissão", declarou o presidente da UNITA.
A comissão integra, ainda, os ministros da Administração do Território, Justiça e Saúde em relação aos quais a UNITA não faz reparos.
A um ouvinte que levantou o assunto da auto-determinação das Lundas, Samakuva respondeu que a UNITA defende a "integridade territorial" de Angola mas "não nos importaríamos de evoluir para a regionalização". Admite a formação de "oito regiões dotadas de autonomia em certas matérias. E se as propostas do Protectorado vêm neste sentido, concordamos. Mas se é uma questão de tribalismo, não concordamos".
Isaías Samakuva criticou, ainda, a recepção pelo presidente angolano, de um Rei das Lundas que não é reconhecuido na região porque não obedece à forma como, há séculos, se apura a linhagem dos monarcas tradicionais.
Esse é, para Samakuva, um problema "não só nas Lundas mas em toda a Angola" em que José Eduardo dos Santos "tenta instrumentalizar pessoas e impô-las em regiões onde não têm autoridade".
"Corremos o risco de banalizar as autoridades tradicionais", disse o presidente da UNITA notando que não se pode colocar "um qualquer como soba, sobeta, regedor ou rei". Mas "os que são da linhagem são postos de fora" porque não se sujeitam a critérios partidários.
O líder do maior partido da oposição criticou, ainda o MPLA por "governar só para fazer show" e não permitir que seja ensinada, nas escolas, a "verdadeira história de Angola".
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O evento da Igreja Universal do Reino de Deus, IURD, evoluiu para o caos e, depois, para uma tragédia, em que morreram 16 pessoas. "Uma tristeza, foi um desastre que nós esperamos não venha a repetir-se", afirmou Samakuva respondendo aosd ouvintes da Voz da América, no programa Angola Fala Só.
Isaías Samakuva disse concordar com o advogado Pedro Capracata, segundo o qual os ministros do Interior, Cultura, Juventude e Desportos, e o governador provincial de Luanda, deviam ser excluidos de uma Comissão de Inquérito ao desastre, nomeada quinta-feira, prelo presidente angolano.
"Ninguém pode ser árbitro e jogador ao mesmo tempo. Não devia ser assim. Aqueles que estão de uma ou outra forma implicados nisto deviam ser deixados de fora. Há outras pessoas e instituições que podiam ser parte desta comissão", declarou o presidente da UNITA.
A comissão integra, ainda, os ministros da Administração do Território, Justiça e Saúde em relação aos quais a UNITA não faz reparos.
A um ouvinte que levantou o assunto da auto-determinação das Lundas, Samakuva respondeu que a UNITA defende a "integridade territorial" de Angola mas "não nos importaríamos de evoluir para a regionalização". Admite a formação de "oito regiões dotadas de autonomia em certas matérias. E se as propostas do Protectorado vêm neste sentido, concordamos. Mas se é uma questão de tribalismo, não concordamos".
Isaías Samakuva criticou, ainda, a recepção pelo presidente angolano, de um Rei das Lundas que não é reconhecuido na região porque não obedece à forma como, há séculos, se apura a linhagem dos monarcas tradicionais.
Esse é, para Samakuva, um problema "não só nas Lundas mas em toda a Angola" em que José Eduardo dos Santos "tenta instrumentalizar pessoas e impô-las em regiões onde não têm autoridade".
"Corremos o risco de banalizar as autoridades tradicionais", disse o presidente da UNITA notando que não se pode colocar "um qualquer como soba, sobeta, regedor ou rei". Mas "os que são da linhagem são postos de fora" porque não se sujeitam a critérios partidários.
O líder do maior partido da oposição criticou, ainda o MPLA por "governar só para fazer show" e não permitir que seja ensinada, nas escolas, a "verdadeira história de Angola".
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