O escritor angolano José Eduardo Agualusa criticou os atrasos na realização de eleições autárquicas em Angola, afirmando que "são uma miragem".
Essas eleições estavam previstas para 2014, mas o Ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, admitiu o seu adiamento para o ano seguinte.
"Essas eleições são uma miragem. à medida que se avança para elas, ficam para mais tarde", disse o escritor Agualusa, respondendo aos ouvintes da Voz da América, no programa Angola Fala Só.
"O poder local é uma inquietação porque as eleições não aconteceram e isso desanima o cidadão", afirmou José Eduardo Agualusa, para quem "as eleições locais ajudam a desenvolver as regiões. Sem elas não há justiça no desenvolvimento regional".
O escritor disse, ainda, que em Angola "o combate à corrupção ainda é só conversa" porque nenhuma figura poderosa foi a tribunal.
"O combate à corrupção só vence quando partir de cima. No Brasil veio de cima. Em Angola ainda não", frisou o escritor afirmando que "Angola tem um caminho muito grande a percorrer para a sua democratização completa".
José Eduardo Agualusa considerou que a sociedade angolana esperava, após o fim da guerra um progresso mais rápido para a democracia, mas isso não aconteceu. "A grande batalha dos próximos anos é avançar para a democracia plena", mas, neste últimos meses, "parece que não estamos a caminhar para a democracia mas para um sistema mais totalitário".
Pensa que, para resolver a questão de Cabinda, "o importante é consultar a população" e que, na educação, Angola devia investir mais no ensino básico e só depois no ensino superior - ao contrário do que está, erradamente, a fazer agora.
Disse que "só há a chamada verdade oficial na história de Angola" e que devem ser ouvidas mais vozes. Quanto a si próprio, afirmou não ter desejo de escrever a história formal de Angola, mas deseja continuar a abordá-la através dos seus trabalhos de ficção.
José Eduardo Agualusa está neste momento a escrever o guião para um filme, de produção basileira, baseado no seu romance, "Nação Crioula" sobre uma mulher que tendo sido escrava foi uma das pessoas mais ricas e poderosas de Angola.
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Essas eleições estavam previstas para 2014, mas o Ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, admitiu o seu adiamento para o ano seguinte.
"Essas eleições são uma miragem. à medida que se avança para elas, ficam para mais tarde", disse o escritor Agualusa, respondendo aos ouvintes da Voz da América, no programa Angola Fala Só.
"O poder local é uma inquietação porque as eleições não aconteceram e isso desanima o cidadão", afirmou José Eduardo Agualusa, para quem "as eleições locais ajudam a desenvolver as regiões. Sem elas não há justiça no desenvolvimento regional".
O escritor disse, ainda, que em Angola "o combate à corrupção ainda é só conversa" porque nenhuma figura poderosa foi a tribunal.
"O combate à corrupção só vence quando partir de cima. No Brasil veio de cima. Em Angola ainda não", frisou o escritor afirmando que "Angola tem um caminho muito grande a percorrer para a sua democratização completa".
José Eduardo Agualusa considerou que a sociedade angolana esperava, após o fim da guerra um progresso mais rápido para a democracia, mas isso não aconteceu. "A grande batalha dos próximos anos é avançar para a democracia plena", mas, neste últimos meses, "parece que não estamos a caminhar para a democracia mas para um sistema mais totalitário".
Pensa que, para resolver a questão de Cabinda, "o importante é consultar a população" e que, na educação, Angola devia investir mais no ensino básico e só depois no ensino superior - ao contrário do que está, erradamente, a fazer agora.
Disse que "só há a chamada verdade oficial na história de Angola" e que devem ser ouvidas mais vozes. Quanto a si próprio, afirmou não ter desejo de escrever a história formal de Angola, mas deseja continuar a abordá-la através dos seus trabalhos de ficção.
José Eduardo Agualusa está neste momento a escrever o guião para um filme, de produção basileira, baseado no seu romance, "Nação Crioula" sobre uma mulher que tendo sido escrava foi uma das pessoas mais ricas e poderosas de Angola.
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