A UNITA culpou os órgãos administrativos do Estado pelas insuficiências registadas nos documentos submetidos para legalização das suas candidaturas.
Este partido e a FNLA apresentaram na Terça-feira, 30 de Maio, em Luanda, ao Tribunal Constitucional, os suprimentos das insuficiências registadas nas suas candidaturas às eleições gerais de 23 de Agosto próximo.
Na sequência da análise das candidaturas apresentadas, o Tribunal Constitucional registou algumas insuficiências e convocou os respectivos partidos, no sentido de colmatá-las até hoje, 31 de Maio.
O mandatário da lista da UNITA, José Pedro Catchiungo, explicou tratar-se de cópias de bilhete de identidade, de cartões eleitorais e de declarações de aceitação de candidatura, que tinham de ser reconhecidas no notário.
A UNITA considera que muitas das irregularidades devem ser imputadas aos órgãos dos Estado que emitiram com "defeitos os diversos documentos exigidos aos candidatos dos partidos concorrentes, aos apoiantes e aos cidadãos eleitores".
Catchiungo disse que a corrupção leva a que funcionários “metam dinheiro ao bolso” e não cumpram com o necessário para o registo.
O deputado da UNITA suspeita também que "com o mau serviço que prestam as instituições do Estado, a própria candidatura do MPLA não tenha tido irregularidades nos diversos documentos pessoais remetidos ao tribunal".
O dirigente da UNITA voltou a questionar a lisura e a transparência do processo eleitoral e a exigir auditoria ao ficheiro informático dos cidadãos eleitores.
O dirigente do principal partido da oposição sustentou que a não ser assim "estaremos em presença eleições da vergonha”.