A pressão sobre o Conselho Superior da Magistratura Judicial conheceu a adesão de mais cinco partidos políticos da oposição angolana.O BD, PADDA- Aliança Patriótica, PDP-ANA, PP e a Coligação POCs juntaram à UNITA e à FNLA, numa reunião de consertação visando forçar o Conselho a anular as recentes nomeações de quadros para a CNE a começar pela advogada Susana Inglês.
O advogado, David Mendes, presidente do Partido Popular disse à Voz da América que, se o MPLA continuar a violar a Constituição do país, haverá manifestações de rua à escala nacional.
Na declaração política, produzida no final do encontro,a oposição considera grave a actual situação política em Angola, em resultado do que descrevem de manobras do partido no poder que visam “condicionar o país aos seus desígnios egoístas e desvirtuar o sentimento geral de desencanto que o povo tem manifestado” e que admitem puder vir reflectir-se nos próximos resultados eleitorais.
Os sete partidos consideram "inaceitável e ilegal" a posição do Conselho Superior da Magistratura Judicial e ameaçam recorrer ao Tribunal Supremo e Tribunal Constitucional e a outras instâncias internacionais para reposição da legalidade.
Os subscritores da declaração dos “sete” repudiaram igualmente a designação dos membros das Comissões Provinciais e Municipais acusando o MPLA de,alegadamente, ter indicado para tais cargos dirigentes seus agentes da segurança do Estado.
A oposição considera ser um golpe e imprudência política a aprovação unilateral das Leis do Financiamento e da Observação eleitoral, bem como a fuga a discussão da Lei sobre o Registo Eleitoral, afirmando que tal atitude “constitui a intenção do regime de realizar eleições a qualquer preço,mesmo que as mesmas sejam apenas entre si e os partidos que gravitam em seu torno”.