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Soltos elementos envolvidos em casos de intolerância política em Benguela


Ana, uma das vítimas da violência em Monte Belo
Ana, uma das vítimas da violência em Monte Belo

Polícia diz ter feito o seu trabalho, Igreja Católica avança com investigação

Após a libertação de quatro elementos envolvidos nos casos de intolerância política no Monte Belo, em Benguela, por decisão do Ministério Público, a Polícia Nacional diz que fez a sua parte, numa altura em que a Igreja Católica entra em cena com uma investigação paralela.

Acusados da violência em Monte Belo libertados - 1:12
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Catorze feridos, mais de vinte imóveis vandalizados, entre casas e lojas, são as marcas da violência ocorrida há dois meses no município do Bocoio, onde várias famílias chegaram a abandonar as suas zonas de residência.

A UNITA, como se sabe, continua a apontar o dedo ao MPLA, partido no poder, mas a Polícia Nacional, segundo o porta-voz do Comando Provincial de Benguela, intendente Pinto Caimbambo, não olha a cores partidárias.

“Para nós não diz respeito. Devo dizer que um foi acusado por ofensas corporais voluntárias e três por furtos. Estes elementos foram soltos sob termo de identidade e residência. Nós, como sabem, não soltamos, cumprimos o nosso papel, de deter e entregar a quem de direito’’, ressalta Caimbambo.

Preocupado, mas indiferente a críticas relativas a suposta apatia das autoridades religiosas, está o bispo católico, Dom Eugénio Dal Corso, que pretende confrontar versões opostas sobre o caso.

“Não recebi críticas directamente, mas posso assegurar que me interessei logo no início. O problema é que um diz uma coisa e outro diz outras coisas. Os padres em Monte Belo fazem uma investigação sobre o que realmente aconteceu. Depois, com todos os dados, vou ao local falar claramente’’, realça o bispo.

Com o MPLA a optar pelo silêncio, a UNITA fez saber, ainda antes da eleição de Angola para o Conselho dos Direitos Humanos, que tenciona encontrar nas Nações Unidas uma solução para ‘’tantos casos de intolerância política’’, conforme garantiu o deputado Adalberto da Costa Júnior.

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