O líder do sindicato dos enfermeiros de Luanda, Afonso Kileba, acusou as autoridades de indiferença para com a crescente crise no sistema de saúde do país e revelou que que estão a registar-se agressões dos profissionais de saúde por parte de familiares de doentes enfurecidos com as insuficiências nos hospitais.
Kileba acusou as autoridades de pouco fazerem para equipar os hospitais com materiais consumíveis e ainda com equipamento de biossegurança para os profissionais. Além disso, Kileba garante que ele próprio já foi vítima de uma tentativa de agressão.
Para fazer face à situação, o sindicato convocou uma assembleia de trabalhadores para apresentar exigências ao Ministério da Saúde.
As acusações surgem na altura em que se intensifica a epidemia de febre amarela.
O representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Luanda, Hernando Agudelo Ospina, foi citado na última sexta-feira como tendo admitido tratar-se de um padrão urbano de surto de febre amarela muito mais complicado de se enfrentar e lidar.
Segundo a OMS as mortes de febre amarela em, Angola subiram já para 158 pessoas, de um total de 986 casos suspeitos, segundo dados da OMS.