A profunda crise do sistema de saúde de Angola levou ao maior partido da oposição a UNnita a pedir a intervenção do Presidente da República, enquanto em Malanje o governador provincial pediu aos responsáveis do sistema de saúde para elaborarem um plano de emergência para fazer face à crise.
Em conferência de imprensa em Luanda, o vice-presidente da Unita Raúl Danda pediu a José Eduardo dos Santos que declare um estado de alerta máximo em Luanda e de calamidade nacional.
Angola, disse, está a viver presentemente “uma verdadeira tragédia, fruto da má planificação orçamental, da má gestão dos recursos públicos e do desprezo total dedicado à saúde”.
Numa altura de uma epidemia de febre amarela e de um grande número de casos de malária, os hospitais em todo o país lutam com a falta de medicamentos e material.
Residentes do interior falam de situações em que não existe qualquer medicamento.
“Tratando-se de uma situação de emergência, impõem-se medidas vigorosas e céleres que revertam, de forma activa, o quadro presente. Não se pode esperar que a imunidade natural adquirida e o quadro sazonal se encarreguem de diminuir passivamente a incidência de doenças”, apelou Raul Danda.
Em Malanje o governador realizou uma reunião de emergência com gestores do sistema de saúde e, segundo o director provincial de saúde, Pedro José António, Norberto dos Santos quer um plano de contingência para minorar os problemas dos cidadãos que compreende, um programa emergencial.
"Sabemos todos que estamos a atravessar um momento difícil, mas temos que utilizar todas as capacidades, toda a sabedoria para podermos dar a volta por cima e garantirmos saúde às nossas populações”", disse António.
Aquele responsável afirmou que o chefe do Executivo manifestou preocupação com o funcionamento do Departamento da Saúde em toda província.