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Colapso do sistema de saúde em Angola deve-se a má gestão


A opinião é do especialista em saúde pública Maurílio Luyela.

O médico angolano Maurílio Luyela considera que o colapso do Serviço Nacional de Saúde em Angola é o resultado da má gestão dos recursos financeiros e humanos por parte do Ministério da Saúde.

Crise de saúde é resultado de incompetência do governo, diz especialista angolano - 2:12
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O especialista em saúde pública disse à VOA que o sector debate-se actualmente com a falta de pessoal qualificado porque, por alegada falta de verbas, não abriu qualquer concurso público para a admissão de especialistas angolanos que se formam nas faculdades do país.

Maurílio Luyele acusa os gestores do Ministério da Saúde de acharem mais importante comprar carros de luxo para directores em detrimento de equipamentos hospitalares.

“É mais fácil comprar carros de luxo para directores ao invés de materiais hospitalares e não há técnicos suficientes para atender a demanda, mas temos médicos angolanos que saem das faculdades que não são admitidos na função pública porque não há como pagá-los”, acusa.

Entretanto o jornal português “Expresso” diz haver suspeitas de que mais de três milhões de dólares tenham sido desviados em Angola dos cofres da organização Fundo Global,o maior financiador mundial de programas de luta contra a sida, tuberculose e paludismo.

Segundo o jornal, o dinheiro destinava-se a campanhas de redução da mortalidade por paludismo no país, que recebeu, desde Agosto de 2005, 94 milhões de dólares .

O articulista, o jornalista angolano Gustavo Costa, sita a inspecção do Fundo Global como tendo concluído que “houve desvio de fundos para fornecedores com ligações a elementos do Ministério da Saúde, concursos manipulados, não concorrenciais e não transparentes, que incluíram falsificação dos relatórios das avaliações das licitações”.

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