Funcionários públicos na Guiné-Bissau são peremptórios ao afirmar que o salário mínimo de 100 dólares americanos está longe de cobrir as suas necessidades.
Abdul Carimo Colubali é funcionário público e diz lutar apenas pela sobrevivência.
Ele disse que apenas em alimentação gasta mais de 120 dólares, sem contar propinas da escola dos seus filhos e da esposa que ainda frequenta estuda.
Carimo Colubali afirma que o salário mínimo auferido na função pública guineense não cobre as suas despesas mensais.
"Não tem sido nada fácil. Imagine: todos os dias, dou a minha esposa quatro dólares para alimentação, pago escola das crianças e da esposa. Praticamente, o salário não chega", conta.
Para cobrir as contas, incluindo as da sua saúde, das crianças e da esposa, Abdul Carimo Colubali sublinha que é obrigado a" fazer part-time em algumas instituições privadas".
Se a situação é, por si, difícil, o início do ano lectivo veio agravar ainda mais a conta financeira de Ana Domingas Có.
Esta dona de casa, que vive em Bafatá, leste da Guiné-Bissau, conta à VOA a sua realidade.
"O salário mínimo que o marido recebe não dá para suportar as despesas até final do mês. Como sabemos, estamos no mês de regresso às aulas, as contas agravaram-se com a compra de materiais escolares e alimentação. E com o salário mínimo que marido recebe não dá para fazer cobertura", lamenta Có.
Mama Samba Baldé, pai de três filhos e com um agregado familiar de 15 pessoas, afirma também o que seu salário não chega para cobrir as suas necessidades mensais:
"O nosso consumo mensal é de mais de três sacos de arroz de 50 quilos. E em termos financeiros isso conta muito nas minhas despesas", diz.
Tal como Abdul Carimo Colubali, Mama Samba Baldé presta outros serviços para poder cobrir as suas despesas porque "é muito difícil viver neste momento na Guiné-Bissau, sem se desdobrar para prestar serviços a outras entidades.
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