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Presidente do Irão diz que o Hezbollah “não pode ficar sozinho” contra Israel


Ataques no Líbano foram os mais mortíferos desde 2006
Ataques no Líbano foram os mais mortíferos desde 2006

O número de mortos nos bombardeamentos israelitas subiu para 558, incluindo 50 crianças, no dia mais mortífero de violência desde que o Hezbollah e Israel entraram em guerra em 2006.

O presidente do Irão, Masoud Pezeshkian, afirmou na terça-feira, 24, que o seu aliado Hezbollah “não pode ficar sozinho” contra Israel, que levou a cabo o dia mais mortífero de ataques aéreos no Líbano desde 2006.

“O Hezbollah não pode estar sozinho contra um país que está a ser defendido, apoiado e abastecido pelos países ocidentais, pelos países europeus e pelos Estados Unidos”, afirmou Pezeshkian numa entrevista à CNN traduzida do farsi para o inglês.

Pezeshkian apelou à comunidade internacional para que “não permita que o Líbano se transforme noutra Gaza”, em resposta a uma pergunta sobre se o Irão utilizaria a sua influência junto do Hezbollah para apelar à contenção.

O número de mortos nos bombardeamentos israelitas subiu para 558, incluindo 50 crianças, no dia mais mortífero de violência desde que o Hezbollah e Israel entraram em guerra em 2006.

“Até agora, o Ministério da Saúde registou 558 mortes, incluindo 50 crianças e 94 mulheres”, disse o ministro da Saúde, Firass Abiad, acrescentando que "a grande maioria, se não todos os mortos nos ataques de ontem, eram pessoas desarmadas nas suas casas".

As forças armadas israelitas afirmaram ter atingido cerca de 1600 alvos do Hezbollah na segunda-feira, matando um “grande número” de militantes, e efectuaram mais ataques na manhã de terça-feira.

"medidas imediatas”, pede o Irão

O Irão apelou ao Conselho de Segurança da ONU para “tomar medidas imediatas” contra a “insana” escalada israelita. “O Irão NÃO ficará indiferente”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, numa mensagem publicada no X na segunda-feira. “Estamos ao lado do povo do Líbano e da Palestina”.

Masoud Pezeshkian, que se encontra em Nova Iorque para a Assembleia Geral anual da ONU, acusou Israel de belicismo. “Sabemos melhor do que ninguém que a eclosão de uma guerra de grandes dimensões no Médio Oriente não beneficiará ninguém a nível mundial”, disse Pezeshkian aos jornalistas numa mesa redonda. “É Israel que procura criar este conflito alargado”.

O Irão “nunca começou uma guerra nos últimos 100 anos” e “não pretende causar insegurança”. Mas insistiu que o Irão “nunca permitirá que um país nos force a participar em algo e ameace a nossa segurança e integridade territorial”.

Kremlin: risco de “desestabilizar completamente a região”

“Estamos seriamente preocupados com a grave escalada dos ataques a que assistimos ontem”, disse o porta-voz da agência de refugiados da ONU, Matthew Saltmarsh, aos jornalistas em Genebra.

“Dezenas de milhares de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas ontem e durante a noite, e os números continuam a aumentar”, afirmou.

Outros líderes políticos e organizações humanitárias afirmaram estar preocupados com a proteção dos civis.

O Kremlin afirmou na terça-feira que a escalada do conflito entre Israel e o Hezbollah do Líbano corre o risco de desestabilizar completamente a região.

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“Trata-se, evidentemente, de um acontecimento potencialmente muito perigoso”, que corre o risco de alargar a zona de conflito e de ‘desestabilizar completamente a região’, declarou aos jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. “É claro que isso nos causa extrema preocupação e inquietação”, acrescentou o porta-voz do Kremlin.

Os ataques israelitas ocorreram menos de uma semana depois de ataques coordenados de sabotagem contra os dispositivos de comunicação do Hezbollah terem matado 39 pessoas e ferido quase 3.000.

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